O Fórum Permanente de Conselheiros e Ex-Conselheiros Tutelares do Amazonas (Fectam) abriu um processo com o intuito de pedir que os grevistas que aderiram à greve dos professores retornem às aulas, sob pena, em caso de descumprimento, da prisão de todos os membros das diretorias executivas do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) e do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (AspromSindical). Segundo a presidente do Sinteam, professora Ana Cristina Rodrigues, a greve continuará.
O processo foi emitido pelo advogado do Fórum, Vanderley Oliveira de Araújo, no domingo (19). O Fectam argumentou que a greve dos professores passou de 30 dias, com interrupção das atividades escolares e do funcionamento regular das escolas públicas estaduais, sem que se tenha chegado a um consenso entre a categoria e o Estado.
Por meio do documento, a Fectam pediu ao Sinteam e a Asprom, que, em 24 horas, a contar da ciência da decisão, emita uma prova de que comunicou aos seguidores da rede pública de ensino estadual, participantes do movimento grevista, que a greve está suspensa por decisão judicial, determinando o retorno dos grevistas às salas de aula. Como pena pelo descumprimento da decisão, o Fectam propõe a aplicação de descontos nas remunerações dos manifestantes.
Posicionamento do Sinteam
A presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, informou que acatará qualquer decisão judicial. Ela afirmou, também, que a greve continua, porque não depende da prisão dela e nem da diretoria do sindicato. “Se a greve se estendeu tanto foi por inabilidade do próprio governador que recebeu o Sinteam só depois de 22 dias de greve, negociou por três dias e rompeu a mesa de negociação à nossa revelia”, declarou.
Em carta aberta à sociedade, a Asprom/Sindical disse que a greve ainda não acabou devido à “intransigência do Governo do Estado do Amazonas, que até agora não se dignou a atender as reivindicações dos trabalhadores”.
Com informações da assessoria