Crimes contra mulheres aumentam cada vez mais, o que está acontecendo? O feminicídio representa metades desses crimes.

É fácil julgar mulheres que convivem nessas situações de abuso e riscos, mas muitos não sabem o que essas mulheres passam, as vezes pode se ter noção ou até mesmo presenciar por poucos minutos o sofrimento, o destrato, mas não convivem diariamente com essas mulheres, não sabem de suas verdadeiras dores. Por muitas vezes já tentaram colocar um ponto final e seguir em frente, infelizmente não conseguem.

Dentro de cada pessoa existe um mundo que por vezes necessita de reparo e nem sempre é visível. Pessoas que dizem está bem e se fecham para não falar da sua dor, escondem sua tristeza até daqueles que são mais próximos.

Há mulheres que preferem o sofrimento de ser maltratada do que abandonar a “ zona de conforto ” quero dizer com isso que por terem um pouco de conforto materiais, acha que vale a pena suportar, que compensa e se acomoda com a situação, já se torna parte da rotina, é como se fosse normal, por pensarem que não podem terem uma vida melhor ou não estão dispostas a lutar por isso.

Mas acontece que existe aquelas mulheres que realmente não têm recursos e nem forças para sair de uma relação de abuso, de um ambiente conflituoso que é o que mais acontece. Elas não têm condições psicológicas e/ou financeiras, pois violência não quer dizer somente física. Diversas mulheres passam por vários tipos de violências. A lei 11.340, De 7 De Agosto

De 2006 conhecida como lei Maria da Penha traz Art.7°. São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
I- A violência física
II- A violência psicológica
III- A violência sexual
IV- A violência patrimonial
V- A violência moral

Mesmo com a lei os índices de violência contra mulheres seguem aumentando. Como ajudar essas mulheres se elas não procuram ajuda? “Preferem” apanhar, o discurso de muitos.

Antes de julgar procure entender que pode ser fácil para você e como já disse cada pessoa tem um mundo dentro de si, que vai muito além da aparência. Essas mulheres sofrem ameaças, pressão psicológicas que se colocarem um ponto final, não vão ficar com seus filhos, e mesmo das vezes que podem ficar, não tem para onde ir, não tem apoio, forças e nem estabilidade tanto emocional quanto financeira, o medo toma de conta, esse homem se aproveita cometendo vários tipos de violências, tanto física, sexual, quanto psicológica e moral. Deixando a vítima fragilizada, a maioria não consegue fazer a denúncia, por diversos motivos, a situação vai se agravando, tirando a vida dessas mulheres.

É triste ver o índice do feminicídio, o quanto vem crescendo, já está se tornando um hábito sair nos jornais esse tipo de notícia, abrangendo vários lugares e todos os tipos de classes, isso não acontece só com mulheres que não têm estabilidade, que não conseguiram seguir em frente nos estudos e mesmo aquelas que tentam fazer algo, não têm apoio, são proibidas e dependem desse homem para tudo, se tornando totalmente dependentes.

Também acontece com mulheres que têm todo recurso e ainda sim perdem a vida, por fazerem a escolha de serem independentes e isso acaba ferindo o ego do marido, namorado etc… trazendo ameaça e revolta internamente, motivo de muitos casos ocorridos, se sentem inferiores, como se perdessem a autoridade e simplesmente tiram a vida de uma mulher pelo simples fato de ser mulher, acabam agindo por impulso, a raiva toma de conta.

A lei do feminicídio altera o Código Penal art.121 do Decreto – Lei n° 2.848/40, incluindo o feminicídio como uma modalidade de homicídio qualificado, entrando no rol dos crimes hediondos.

Fonte: Amazonaspress