Navio encalhado bloqueia uma das principais rotas marítimas do mundo

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Pertence ao Egito e os pedágios pagos pelos navios são importantes fontes de receita para o País (Handout/Reuters)

RIO DE JANEIRO – Aberto à navegação em 1869, o canal de Suez é uma das principais rotas marítimas do mundo, funcionando como a ligação naval mais rápida entre os oceanos Índico e Pacífico, e entre Ásia e Europa.

O canal tem 193 quilômetros de extensão, ligando as cidades egípcias de Port Said, no Mar Mediterrâneo, a Suez, no golfo de mesmo nome. Pertence ao Egito e os pedágios pagos pelos navios são importante fonte de receita para o País.

A abertura do canal reduziu em sete mil quilômetros a distância das viagens marítimas entre a Europa e a Ásia, evitando que as embarcações tivessem que contornar o continente africano no trajeto. Em 2019, segundo dados da Autoridade do Canal de Suez, o canal recebeu 18.880 navios, que passaram por suas águas com 1 bilhão de toneladas de cargas.

Um terço do volume transportado no sentido sul-norte é levado para a Europa Ocidental. No sentido norte-sul, o principal destino de carga são as regiões do Mar Vermelho e do sudeste asiático.

Não há um tipo de carga predominante: navios petroleiros, graneleiros e de contêineres representaram, cada, cerca de 27% do total de embarcações que passaram pelo canal em fevereiro de 2020.

Segundo a Autoridade do Canal de Suez, as primeiras tentativas de ligar o Mediterrâneo ao Golfo datam de mais de 2.000 anos antes de Cristo. A abertura definitiva foi feita com apoio da França, no fim do século 19.

Sua construção levou dez anos e foi marcada por uma série de dificuldades financeiras, que levaram o governo da Inglaterra a adquirir, apenas seis anos após a inauguração, a participação de egípcios no projeto, dividindo o controle com a França.

Durante sua existência, o canal passou por diversas ampliações, para permitir o tráfego de navios cada vez maiores. Há uma nova expansão em andamento, para praticamente dobrar a média diária de navios dos atuais 49 para 97, em 2023. As obras incluem a abertura de um novo canal paralelo de 37 quilômetros para ultrapassagem de navios, reduzindo de 18 horas para 11 horas o tempo total de travessia.

Os operadores do canal estimam que a ampliação da capacidade eleve em 259% a receita do Egito com os pedágios, que passaria dos atuais US$ 5,3 bilhões para US$ 13,2 bilhões em 2023. O canal foi fechado à navegação apenas duas vezes, as duas em tempos de guerra, segundo a Autoridade do Canal de Suez.

Na primeira, o canal ficou fechada por cerca de um ano após a invasão do Egito por França, Inglaterra e Israel em 1956. Na segunda, o fechamento durou nove anos, após o início da guerra entre Egito e Israel em 1967.


Fonte: Revista Cenarium

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