
Em um dos maiores bombardeios desde o início da guerra, forças russas atacam infraestrutura crítica e causam novos apagões em diversas regiões ucranianas
Kiev, Ucrânia – A Rússia lançou um dos maiores ataques aéreos desde o início da guerra ao disparar cerca de 400 drones kamikazes e 18 mísseis contra diferentes regiões da Ucrânia nas últimas 48 horas. A investida, que visou principalmente instalações energéticas e estruturas militares, deixou um rastro de destruição, provocou apagões e reacendeu temores de uma nova escalada no conflito.
Segundo as Forças Armadas da Ucrânia, o ataque começou durante a madrugada com enxames de drones Shahed-136 de fabricação iraniana, seguidos por mísseis de cruzeiro e balísticos lançados de diferentes frentes, incluindo o Mar Cáspio e regiões ocupadas. O sistema de defesa antiaérea ucraniano conseguiu interceptar a maioria dos drones e parte dos mísseis, mas alguns conseguiram atingir alvos estratégicos.
Entre os locais atingidos estão subestações elétricas, depósitos de armas e prédios residenciais, principalmente nas regiões de Kharkiv, Dnipro e Kiev. A companhia estatal de energia da Ucrânia, Ukrenergo, relatou sérios danos à rede elétrica, forçando cortes emergenciais de energia em várias cidades.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky condenou o ataque e voltou a cobrar o envio urgente de sistemas de defesa aérea mais avançados por parte dos aliados ocidentais. “A Rússia está tentando mergulhar a Ucrânia na escuridão e no medo. Precisamos de mais proteção e precisamos agora”, declarou.
Do lado russo, o Ministério da Defesa afirmou que o ataque teve como alvo centros de comando e logística ucranianos, alegando que todos os objetivos foram alcançados com sucesso. A ação parece fazer parte de uma nova ofensiva russa no leste do país, onde intensos combates continuam em regiões como Donetsk e Lugansk.
Especialistas alertam que esse tipo de ataque coordenado com drones e mísseis busca sobrecarregar os sistemas defensivos da Ucrânia e fragilizar sua capacidade de resposta no campo de batalha.
O bombardeio também acende o alerta da comunidade internacional. A ONU e a União Europeia emitiram notas condenando o uso indiscriminado de armas contra civis e estruturas essenciais. Já os Estados Unidos prometeram acelerar o envio de ajuda militar, incluindo baterias antimísseis e munições.
O conflito, que já ultrapassa os dois anos, segue sem perspectivas claras de resolução diplomática. Enquanto isso, civis ucranianos seguem resistindo sob bombardeios cada vez mais intensos.
Rússia lança 400 drones e 18 mísseis em ataque contra a Ucrânia
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