O Secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), coronel Amadeu Soares, concedeu uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (26) para falar mais sobre o tiroteio ocorrido no Hospital 28 de Agosto, zona centro-sul de Manaus. O coronel afirmou que Ewerton Lima Martins, 23, e um comparsa ainda não identificado, entraram no hospital para executar Adriano Batista de Araujo, o “Porocada”.
O coronel explicou que Ewerton “efetuou um disparo contra o Adriano e na sequência, fugiu. Só que tinham dois acompanhantes do Adriano que estavam no hospital e quando perceberam a movimentação, esboçaram inicialmente uma reação contra Ewerton. Houve uma troca de tiros entre eles e, na sequência, uma guarnição da Rocam, que estava no andar fazendo a escolta de um outro preso baleado, efetuou a prisão do Ewerton e dos outros dois”. Durante a troca de tiros, Ewerton foi atingido com um tiro, e os acompanhantes de Adriano também foram presos pelos policiais da Rocam.
Os policiais conduziram os três presos na mesma viatura, e tiveram que passar pelo hospital João Lúcio, na zona leste, pois Ewerton estava baleado. Logo depois do atendimento, os policiais seguiram caminho e relataram ouvir uma movimentação estranha no camburão da viatura e pararam para verificar. “No momento que os policiais perceberam que tinha alguma coisa estranha eles pararam a viatura e verificaram que eles haviam travado uma luta corporal e deram o suporte, levando Ewerton para o hospital”, explicou o coronel.
Ewerton ficou internado no hospital João Lúcio durante toda a madrugada, mas não resistiu e morreu, por volta das 6h, desta segunda-feira. O laudo médico do Instituto Médico Legal deve constatar a causa da morte. Foram apreendidos duas armas de fogo calibre 38, uma dentro do hospital e a outra no estacionamento da unidade. Gabriel e Renan, que espancaram Ewerton, foram encaminhados pelo 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP), que vai apurar o caso, enquanto o 8º DIP vai apurar a tentativa de homicídio de Adriano na Compensa neste final de semana.
O coronel Amadeu Soares disse que militares da Rocam e da Força Tática vão reforçar o policiamento nas unidades hospitalares até que tudo se normalize, e que será feito um estudo para avaliar as mudanças de postura necessárias na entrada dos hospitais da capital.
Paulo Henrique Caminha