Família de lutadora revela que amiga teria sido avisada sobre o crime

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Foto: Reprodução / Facebook

 

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O assassinato da lutadora de jiu-jitsu Patrícia da Cunha Leite, de 26 anos, morta a tiros enquanto comemorava o próprio aniversário, no dia 27 de janeiro deste ano, ainda intriga os familiares e amigos. Eles apontam que uma das melhores amigas da vítima possa ter motivado o crime, ela é ex-namorada do principal suspeito, Eduardo de Alencar Navegante, de 22 anos.

O crime teria acontecido por conta de uma briga entre Eduardo e a atleta. Patrícia teria ajudado a amiga, que havia sido agredida por ele. Dias depois de dar apoio à amiga, Patrícia mostrou para familiares trechos de conversas no celular com ameaças de mortes.

A mãe da lutadora, Maria das Graças Pereira da Cunha, de 52 anos, revelou que a amiga de Patrícia sabia das ameaças e saiu da festa de aniversário antes que os assassinos chegassem. Ela teria sido avisada sobre a execução da atleta, pelo próprio ex-namorado, por meio de uma ligação.

Durante a ação criminosa, que ocorreu na rua Beatriz Portinari, no bairro Japiim, Zona Sul de Manaus, Eduardo e outros dois comparsas invadiram o local e simularam um assalto. Em seguida, um deles identificou Patrícia pela tatuagem e efetuou os disparos à queima-roupa. A aniversariante ainda foi socorrida e levada para o Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto, na Zona Centro-Sul, mas não resistiu aos ferimentos.

“Essa amiga esteve com a mãe organizando o aniversário. Por volta das 23h, elas saíram da festa às pressas e, trinta minutos depois, começou o tiroteio. Tenho certeza que o Eduardo ligou para ela avisando o que iria acontecer. Durante o velório, L… apareceu chorando com sinal de remorso. Eu cheguei com a mãe dela e pedi que a levasse de lá ou eu ia tirar ela pelos cabelos”, disse.

Motivação 

A motivação para o assassinato de Patrícia, segundo a mãe da lutadora, seria por causa de uma briga entre a amiga e Eduardo, enquanto namoravam. Após ser agredida, a jovem pediu ajuda da lutadora. Patrícia teria intimidado Eduardo com declarações: “Se fosse com a minha irmã a coisa era bem diferente. Eu já tinha matado você”.

Após o relacionamento chegar ao fim, Patrícia passou a receber ameaças através de mensagens no WhatsApp.  As mensagens enviadas por Eduardo nas redes sociais, inclusive, foram confirmadas pela amiga da lutadora em depoimento à Polícia Civil.

Além das mensagens, Eduardo começou a passar com frequência em frente a casa da lutadora e também na academia onde ela treinava. Em uma das aparições, Eduardo abordou a atleta com um chute e disse; “Eu vou te matar, sua p…”.

O crime

Após Patrícia ser morta na festa de aniversário, Eduardo e outros dois comparsas, identificados como Carlos Abraão Rodrigues Farias, de 19 anos, e Ronaldo Borges Silva, de 32 anos, foram presos em flagrante por policiais militares da 3ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), na avenida Tefé, no bairro Japim, Zona Sul, após denúncia anônima informar que um grupo, em um carro semelhante ao usado no assassinato de Patrícia, estava praticando arrastões.

Com eles, foram encontrados diversos celulares e um simulacro de fuzil, além do carro que havia sido roubado de um motorista de aplicativo. O trio foi indiciado por cárcere privado, roubo majorado, homicídio e associação criminosa no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Um quarto suspeito conseguiu fugir com arma usada no crime.

Maria das Graças informou, ainda, que o celular de Patrícia está com a Polícia Civil. No próximo domingo (3), amigos e familiares farão uma manifestação e homenagens em Manaus e em Tefé, onde Patrícia foi sepultada.

Fonte: Portal Em Tempo

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