Vale não pode ser condenada’, diz presidente da companhia
Três semanas depois do rompimento em Brumadinho (MG), o presidente da Vale, afirmou que a empresa não pode ser condenada pelo ocorrido. O mar de lama contido na barragem foi responsável pela morte de 166 pessoas e pelo menos 155 desaparecidos.“A Vale é joia brasileira que não pode ser condenada por um acidente que aconteceu numa de suas barragens por maior que tenha sido a sua tragédia”, declarou Fábio Schvartsman na Câmara dos Deputados nesta semana.
O executivo classificou o ocorrido como um acidente e declarou que a mineradora não teve acesso a nenhum laudo que indicasse que havia um perigo iminente de rompimento da barragem. Documentos divulgados pelo Ministério Público de Minas Gerais, no entanto, dizem o contrario. Segundo o MPMG, a mina integrava um grupo de 10 barragens com chances de rompimento. A Vale teria até estimado a quantidade de pessoas mortas caso o evento ocorresse e um possível custo de indenização, estimado em cerca de R$ 5,6 bilhões.
‘Não sabemos os motivos’
O presidente argumentou que a empresa atuou conforme a legislação com base nos laudos que recebeu de empresas contratadas. “Nós continuamos sem saber os motivos que o causaram. Todas as informações que nós possuíamos e que eram enviadas aos técnicos da Vale demonstraram que não havia qualquer perigo iminente sobre aquela barragem. Consequentemente não havia nenhuma razão de alarme ou de preocupação por parte da gestão da companhia”, indica.
Texto com informações Agência Folha
