O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou nesta terça-feira (11) um pedido do PT para investigar a campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) por suposto abuso de poder econômico.
No pedido, o PT afirmou que o empresário Denisson Moura, apoiador de Bolsonaro, teria enviado áudio a funcionários pedindo que eles usassem adesivos e camisetas de apoio ao então candidato do PSL.
Ao analisar o caso, o relator, Jorge Mussi, afirmou que não há provas que configurem constrangimento aos funcionários.
“Não configura prática abusiva o engajamento de empresário na campanha de determinado candidato mediante encaminhamento de vídeo aos seus funcionários no qual se limita a convidá-los a participar de atos de campanha”, afirmou.
O voto foi acompanhado pelos ministros Og Fernandes, Admar Gonzaga, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e pela presidente da Corte, Rosa Weber.
Pedido de cassação da chapa
Bolsonaro e o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, foram diplomados pelo TSE nesta segunda-feira (10). A posse deles, em Brasília, está marcada para 1º de janeiro.
No último dia 4, o TSE começou a analisar um pedido do PT para cassar a chapa de Bolsonaro e Mourão.
Embora a maioria dos ministros já tenha votado pela rejeição do pedido, a decisão foi adiada após o ministro Luiz Edson Fachin pedir vista, ou seja, mais tempo para analisar o caso.
O PT argumentou que houve abuso de poder econômico por parte da campanha de Bolsonaro porque o empresário Luciano Hang, apoiador do presidente eleito, teria ameaçado demitir funcionários que não votassem no candidato do PSL.
Fonte: G1