Homem denuncia tortura após ser acusado de roubo no trabalho, em Manaus

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Um frentista identificado diz ter sido torturado, na última segunda-feira (6), por dois homens que trabalham para o proprietário de um posto de combustíveis que fica localizado na rua José Romão, bairro São José, Zona Leste de Manaus. As agressões, segundo a vítima em Boletim de Ocorrência (BO), teriam sido motivadas porque o dono do posto o acusou de ter roubado o dinheiro do estabelecimento.

O homem disse que chegou na segunda-feira (09) para trabalhar por volta de 12h, sem saber do roubo ocorrido nas no estabelecimento, pois estava de folga no dia 5 de maio. Por volta das 14h durante o intervalo, ele afirmou que dois homens se aproximaram, sendo que um deles, dizia ser policial civil.

Os dois homens começaram a investigar seu celular e acusar de que as conversas eram suspeitas. Três horas depois, a vítima diz que decidiu conversar com o dono do estabelecimento para pedir que ele o demitisse, pois não havia gostado da abordagem, no entanto, não sabia que o próprio dono havia preparado uma emboscada.

“Ele me chamou pra cozinha. Estava sozinho e depois chegou os caras. Um deles estava encapuzado na hora da agressão. Botou a algema no meu pulso e começou a molhar uma toalha e botar na minha cara para me sufocar. Eles diziam ‘agora tu vai falar onde está o dinheiro’. Eu respondia que não sabia onde estava o dinheiro. Ele jogava água em cima da toalha e teve um deles que pisou bem forte em mim. Toda hora eu pedia para ele me soltar porque ele estava fazendo isso com um pai de família”, contou Roberto.

Somente depois de quase 2h e ter certeza que Roberto não era culpado, o trio resolveu soltá-lo. “Ele (patrão) me deu uma farda nova, mandou eu me vestir, fechar meu caixa e ir embora pra minha casa e que eu voltasse a trabalhar no dia seguinte. Disse que não era pra falar pra ninguém e que estava resolvendo isso nas dependências da empresa”.

Depois disso, a vítima afirmou que não quer voltar a trabalhar no local. Ele teme pela própria vida e da família. Ele fez exame de corpo de delito e registrou Boletim de Ocorrência no 9° Distrito Integrado de Polícia (DIP) pelo crime de tortura. Ele deve ser ouvido pela Polícia Civil no próximo mês.

Em nota, A Polícia Civil informou que, caso sejam constatados indícios da autoria do crime, um Inquérito Policial (IP) será aberto para apurar o caso. As investigações seguem em andamento.

 

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