Superintendente da Suframa diz que “Zona Franca não será extinta”

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O governo Bolsonaro protagonizou, nesta terça-feira (11), mais um episódio de desalinhamento. Após publicação polêmica sobre o fim Zona Franca de Manaus e a criação de um “Plano Dubai” como substituto, na segunda-feira no jornal Folha de São Paulo, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) convocou coletiva de imprensa para desmentir a informação repassada ao jornal pelo secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), Carlos Alexandre da Costa.

O superintendente, coronel Alfredo Menezes, afirmou que houve uma interpretação “leviana”. “Em nenhum momento o nosso secretário deixou a entender que o modelo seria extinto, quem está falando que o modelo seria extinto são pessoas que estão interpretando por um lado leviano”, afirmou.

Compromisso de Bolsonaro

Promessa de campanha de Jair Bolsonaro, a manutenção do Polo Industrial de Manaus (PIM), principal fonte econômica do Amazonas, foi reafirmada pelo coronel. “Fortalecer o modelo Zona Franca de Manaus, esse é um compromisso do nosso presidente, da nossa equipe econômica, do ministro Paulo Guedes, do secretário especial Carlos Alexandre da Costa e de nós também”, disse.

Menezes informou até mesmo que não há nenhum “Plano Dubai” e que a cidade dos Emirados Árabes foi usada apenas como modelo pelo titular especial da Sepec. “Ele citou Dubai como exemplo positivo de pessoas que conseguem fazer do nada alguma coisa, no deserto implementar um grande case de negócios, que tem também em Las Vegas”.

Cobiçado destino turístico, a cidade de Dubai é reconhecida pelo planejamento estratégico de alternativas econômicas ao prever o esgotamento da exploração de petróleo, antes sua principal fonte econômica.

Ideia embrionária

A instalação de polos biofármacos, turismo, defesa, mineração, piscicultura – citados na reportagem da Folha – e o digital é ainda uma ideia em fase embrionária, segundo o superintendente. Com a prorrogação dos incentivos fiscais da ZFM até 2073, o coronel afirmou que “o que existe é um plano para buscar alternativas”. “Esse momento agora urge buscarmos estudar alternativas, porque quem é que nos garante que teremos a prorrogação desse modelo daqui a 50 anos? Temos que começar quando? Agora, até agora nada foi feito (…) desde quando a Suframa foi criada, de fevereiro de 1967 para cá, não foram criadas matrizes econômicas alternativas”, afirmou.

 

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