Investigadores informaram à TV Globo que o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), não quis fornecer a senha de dois celulares apreendidos nesta terça-feira (30) na Operação Sangria, deflagrada pela Polícia Federal para investigar fraude e superfaturamento nas ações de combate à pandemia do novo coronavírus no estado.
O governador foi alvo de busca e apreensão determinada pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele estava em Brasília quando os mandados foram cumpridos. A Polícia Federal chegou a pedir a prisão do governador, mas o ministro negou. Na operação, a secretária de Saúde do Amazonas foi presa.
Investigados têm o direito de não entregar senhas, embora a praxe seja entregar. Nessa hipótese, a perícia policial tentará ter acesso, o que dificulta o trabalho dos investigadores. Nesses casos, eles costumam interpretar a recusa como resistência em colaborar com as investigações. No decorrer do inquérito, isso pode ser usado, junto com outros elementos, como indício de que tentava esconder algo.
Em nota, a assessoria do governador informou que o celular é de uso pessoal e tem informações de caráter familiar que, segundo ele, não são de interesse da investigação.
“O governador Wilson Lima tem a convicção de que o conteúdo do celular em nada iria contribuir com a investigação. Além disso, considera que tem o direito de preservar o conteúdo familiar visto que se trata de celular de uso pessoal”, diz o texto da nota.
(*)Com informações do G1