Após tag #todoscontrafelipeneto alcançar os assuntos mais comentados do Twitter, nessa terça-feira, 28, senadores que aprovaram “Lei das Fake News” endossaram o movimento de apoio ao youtuber Felipe Neto, que é conhecido como exímio opositor do governo Bolsonaro. O jovem foi acusado pelo “gabinete do ódio” de fazer apologia à violência sexual contra crianças.
Eduardo Braga (MDB-AM) foi o único parlamentar da bancada amazonense no Senado a se posicionar. Utilizando a tag #TodosJuntosComFelipeNeto ele publicou a mensagem no microblog. Apesar da intenção, ele sofreu críticas de robôs e internautas.
Suspensão de contas
As manifestações de solidariedade surgiram após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que na última sexta-feira, 24, autorizou suspensão de contas de aliados do presidente Jair Bolsonaro no Twitter e no Facebook.
O humorista é vítima de uma campanha de difamação nas redes, e uma montagem com teor similar também foi verificada pela Lupa.
Lei das Fake News
O projeto de lei de combate às fake news (PL 2.630/2020), criou a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, com normas para as redes sociais e para os serviços de mensagem como WhatsApp e Telegram.
O senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que foram enviadas cerca de 3,5 milhões de mensagens de ódio contra Felipe Neto em apenas 48 horas. “A rede de mentiras montada é gigante, e é urgente que seja desmontada”.
O senador também fez um alerta. “Amanhã pode ser você, lembre-se disso”. Ele disse que, como membro da CPI das Fake News, faz questão de reforçar a necessidade “de continuar a ir atrás dos articuladores desse gabinete do ódio que segue funcionando a todo vigor”
Fake news contra youtuber
Circularam nas redes sociais um suposto tweet publicado pelo influenciador, que possui cerca de 36 milhões de seguidores no canal de vídeos. Na publicação, posteriormente confirmada como falsa, foi checada pela Agência Lupa.
A publicação analisada pela Agência Lupa é uma montagem. Não é possível encontrar nenhuma publicação com essas palavras no Twitter do youtuber Felipe Neto, nos dias 30 ou 31 de maio desse ano. Também não é possível encontrar registro do tuíte nas ferramentas WayBack Machine, que poderia ter salvo a mensagem caso ela fosse apagada.
A frase utilizada já circulava antes da data em questão, em um “meme” atacando o Papa Francisco. Por fim, o humorista é vítima de uma campanha de difamação nas redes, e uma montagem com teor similar também foi verificada pela Agência Lupa.
Fonte: Revista Cenarium