A coleção de fiascos do São Paulo no período de sua maior seca de títulos.

Todo grande clube em seca de títulos tem uma coleção de vexames. Basta olhar para trás.

O Corinthians perdeu para o Botafogo-SP e para o Guarani, em casa, na campanha do décimo-primeiro lugar de 1976. Ou o Botafogo de 1977, já há nove anos sem vencer, perdendo para o Bonsucesso. Ou o Palmeiras precisando só ganhar da Ferroviária e chutando bola na trave, de Aguirregaray, no último minuto do jogo que classificaria para a final contra o Bragantino, se vencesse, em 1990.

O São Paulo vive esta fase, há quinze anos sem vencer o Paulista, doze sem o Brasileiro, oito sem ganhar nada. O defeito do momento é criar e não definir. Contra o Mirassol, finalizou 21 vezes, sete no alvo e fez dois gols. Levou três de um time que chutou quatro vezes.

Não pode!

Não pode perder para o Mirassol, depois de o time do interior ver partirem 18 jogadores, oito titulares, durante a pandemia.

Não pode!

Mas é a rotina incrível de um time na fila. O São Paulo parecia, há quinze anos, um clube que jamais passaria por uma fase destas. Passa.

A lista de vexames é impressionante e será enumerada, a partir de agora, não apenas desde 2012, mas desde o início da fila de 2005.

2006 – Campeonato Paulista – O São Paulo terminou vice-campeão, um ponto atrás do Santos. E venceu o Santos na penúltima rodada, por 3 a 1. Mas, três rodadas antes, empatou com o Noroeste por 1 a 1, no Morumbi. Não era vexame, porque o São Paulo era campeão do mundo.

2007 – Campeonato Paulista – Não é nada, não é nada, mas levou 4 a 1 do São Caetano, no Morumbi. Ah, sim… Três dias antes, tinha vencido o Alianza, em Lima, pela Libertadores. O discurso era: dane-se o Paulista. Hoje, faz falta.

2011 – Copa do Brasil – O rival era o Avaí, a fase as quartas de final. O São Paulo ganhou no Morumbi por 1 a 0, gol contra de Révson. Na volta, em Florianópolis, o Avaí meteu 3 a 1. O técnico do São Paulo era Paulo César Carpegiani. Do Avaí, Silas, ídolo tricolor.

2013 – Copa Sul-Americana – Este não é vexame. O São Paulo disputou o jogo de volta contra a Ponte Preta, mas em Mogi Mirim. Só que perdeu de 3 a 1 no Morumbi. O empate no interior deu a vaga na final contra o Lanús à Ponte Preta. Não é vexame… Não é a tradição do São Paulo.

2014 – Campeonato Paulista – Muricy Ramalho voltou! Mas as quartas de final contra a Penapolense terminaram com empate por 0 a 0 no Morumbi, e o time de Penápolis ganhou por 5 a 3, nos pênaltis. Tinha Rodinei e Petros na Penapolense. Deu pena.

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