Bolsonaro deve se reunir com AGU para finalizar pedido de impeachment de ministros do STF

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O presidente Jair Bolsonaro após visita ao STF (Adriano Machado/Reuters)
O presidente Jair Bolsonaro após visita ao STF (Adriano Machado/Reuters)

BRASÍLIA – Apesar de alertado dos riscos de aumento de tensão entre Poderes, o presidente Jair Bolsonaro está determinado em apresentar o pedido de impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).  Bolsonaro se reúne, nesta quinta-feira, 19, com o advogado-geral da União, Bruno Bianco, para acertar os detalhes finais do requerimento. Fora da agenda de ambos, o encontro está previsto para ocorrer, às 16h, no Palácio do Planalto, assim que o presidente desembarcar da viagem que fez, na manhã de quinta-feira,19, a Cuiabá (MT).

Embora integrantes da Advocacia-Geral da União (AGU) tenham demonstrado resistência, o texto está sendo preparado pelo órgão para que possa ser apresentado ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O documento deverá ter apenas a assinatura de Bolsonaro.

O presidente faz questão que o pedido de impeachment dos ministros Alexandre Moraes e Luís Roberto Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seja protocolado até sexta-feira, 20. 

Ao longo da semana, auxiliares que tentaram demover Bolsonaro com o argumento de que a medida aumentará os embaraços políticos e jurídicos para o governo.

Foi a proposto ao presidente a ideia de que ele enviasse uma mensagem informal ao Senado pedindo a harmonia e o respeito entre os Poderes, mas ele se mostrou irredutível.  Neste momento, integrantes do Planalto consideram remota a chance de Bolsonaro desistir do pedido de impeachment.

Atrás nas intenções de votos em pesquisas eleitorais para 2022, aliados afirmam que Bolsonaro quer manter a palavra com a militância que faz ataques ao STF. Segundo um importante interlocutor do Congresso, o presidente quer ficar com o argumento de que fez tudo que estava ao seu alcance, mas que o processo não avançou por inércia do presidente do Senado. 

Fonte: Revista Cenarium

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