PF flagra garimpo ilegal ativo há 10 anos e com trabalho semelhante à escravidão em terra indígena no Pará

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Guardiões do Bioma deflagrou uma operação no garimpo Manelão, em Altamira, no Pará — Foto: Ascom/PF

Redação – A Polícia Federal realizou uma operação contra um garimpo ilegal que funcionava havia dez anos dentro da Terra Indígena (TI) Trincheira Bacajá, em Altamira, no sudoeste do Pará.

A área de preservação do povo Xikrin Mebengokrê, que abrange os municípios de Altamira, Anapu, São Félix do Xingu e Senador José Porfírio, se tornou uma das mais desmatadas da Amazônia nos últimos 3 anos, segundo o Ministério Público Federal (MPF).

Na ação realizada na sexta-feira (16), dentro do território, conhecido como Garimpo Manelão, que fica a 200 quilômetros do centro urbano do município, os agentes da PF constataram crimes ambientais e trabalho semelhante à escravidão.

Trabalhadores eram submetidos em condições sub humanas para a lavra do ouro — Foto: Ascom/PF

Na operação, foram usados três helicópteros do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).

Os agentes encontraram dentro da TI duas escavadeiras hidráulicas, que foram destruídas, conforme manda a lei. Também foram apreendidas peças que aparentavam ser de ouro, além de ferramentas usadas na extração do minério e uma arma de fogo.

No local foram encontradas escavadeiras hidráulicas, que foram destruídas pelos agentes — Foto: Ascom/PF

Os agentes constataram ainda que operários eram mantidos em condições sub-humanas, sem equipamentos de proteção para executar a lavra do ouro.

Trabalhadores informaram aos agentes que a carga horária diária chegava a 12 horas, não sendo fornecido qualquer equipamento de proteção individual.

Os trabalhadores viviam em barracões sem qualquer condição de higiene, sem local adequado para banho e necessidades pessoais.

Barracões não possuíam qualquer condição de higiene, de acordo com a Polícia Federal — Foto: Ascom/PF

Porcos e onças transitam no local, de acordo com as informações coletadas, o que, de acordo com a PF, demonstra a total situação de risco e descaso a que foram expostos os trabalhadores.

Situação encontrada em garimpo ilegal foi de condição análoga a de escravo, segundo a Polícia Federal — Foto: Ascom/PF

As penas somadas dos crimes investigados podem chegar a 14 anos de prisão, segundo a PF.

Com informações do g1

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