Sacerdotisa do candomblé luta contra a intolerância religiosa no Rio

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Rio de Janeiro - Religiosas comentam o papel da mulher nas religiões de matriz africana. Na foto, a religiosa Maria do Nascimento, conhecida por Mãe Meninazinha de Oxum em seu terreiro Ilê Omolu Oxum, em São João de Mereti.
Rio de Janeiro – Religiosas comentam o papel da mulher nas religiões de matriz africana. Na foto, a religiosa Maria do Nascimento, conhecida por Mãe Meninazinha de Oxum em seu terreiro Ilê Omolu Oxum, em São João de Mereti.

Redação – Aos 77 anos, Maria do Nascimento – ou Mãe Meninazinha de Oxum, como é conhecida – é uma das principais referências do candomblé carioca. Vice-presidente da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras, ela tem raízes no candomblé baiano, no nordeste do país, e luta contra a intolerância religiosa e pela difusão dos terreiros – nome dado às casas-templos do camdomblé – como espaços importantes da cultura afro-brasileira.

Responsável pelo Ilê Omolu Oxum, terreiro com quase 50 anos, em São João de Meriti, região metropolitana do Rio, Madre Meninazinha foi recentemente recebida pela presidente Dilma Rousseff, juntamente com outras 30 freiras, após a Marcha Nacional das Mulheres Negras, no capital Brasília. Na ocasião, os manifestantes pediram ao presidente ações efetivas contra o racismo e a violência.

Para a Meninazinha, os terreiros são espaços de recepção e divulgação da cultura afro-brasileira. “As pessoas vêm aqui em busca de cura, de saúde física ou espiritual”, disse ele. A Meninazinha divide as atividades do terreiro com Mãe Nilce de Iansã, sua sobrinha e herdeira da casa. O espaço não se limita a rituais, e as sacerdotisas promovem oficinas de costura de roupas e trajes afro, cursos de artesanato, entre outros.

Rio de Janeiro – Religiosas comentam o papel da mulher nas religiões de matriz africana. Na foto, a religiosa Nilse Maira no terreiro Ilê Omolu Oxum, em São João de Mereti.

Nas oficinas, os participantes discutem temas como autoestima, valorização da cultura e estética negra, racismo e violência doméstica. Uma das atividades mais procuradas é a oficina de culinária afro-brasileira. Madre Nilce publicou recentemente um livro com 20 receitas, que traz também informações sobre direitos da mulher, delegacias especializadas e direitos humanos.

Com informações da Agência Brasil

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