Oficialmente na corrida eleitoral, Amon Mandel diz que vai “libertar prefeitura” das mãos de David Almeida

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Deputado Amon Mandel durante lançamento da pré-campanha a Prefeitura de Manaus. Foto: Assessoria de Comunicação.

Manaus/AM – A federação PSDB-Cidadania lançou na manhã desta sexta feira, 23/02, a pré-candidatura do deputado federal Amon Mandel (Cidadania) a Prefeitura de Manaus, com a participação de centenas de pessoas, em um restaurante na zona norte da capital.

Durante seu pronunciamento, Amon prometeu aos simpatizantes que estavam presentes que caso eleito, iria “libertar a prefeitura” das mãos do atual gestor David Almeida, e sua família. Segundo ele, seu plano de governo vai focar em setores essenciais a população, e também na melhor aplicabilidade de gastos públicos.  “Vamos reduzir drasticamente os gastos públicos, combatendo de forma implacável a corrupção e o desperdício. Vamos fazer um choque de gestão, redefinir prioridades dentro da Prefeitura. A prioridade não será mais a pintura e obra de fachada, mas sim investir forte na educação, saúde e projetos sociais que melhorem de fato, a qualidade de vida do nosso povo”, explicou.

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“Vou libertar a prefeitura das mãos de David Almeida e sua família”, diz Amon durante o lançamento de sua pré-campanha. Foto: Assessoria de Comunicação.

Durante coletiva de imprensa concedida logo após a indicação de seu nome a disputa pela prefeitura, Amon foi questionado sobre o fato de sua irmã, Rebecca Mandel Lins, que é empresária e casada com um escrivão da polícia civil do Amazonas, sobre ter recebido pagamentos do Auxílio Emergencial ao longo da pandemia de Covid-19, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O parlamentar disse que desconhecia a informação e que não falava com a irmã há mais de cinco anos. Assista a um trecho no vídeo abaixo:

(Vídeo: Luiz André | Agência Cenarium)

O nome da irmã do deputado, Rebecca Mandel Lins, é encontrado facilmente no Portal da Transparência da Controladoria-Geral da União (CGU) como beneficiária do auxílio emergencial. No site é possível consultar os valores repassados que chegam a R$ 11.025,00 e as datas dos meses em que foram pagos.

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Fonte: Portal da Transparência | Controladoria Geral da União (CGU)

Trajetória

Amon Mandel concorreu sua primeira eleição em 2020, aos 19 anos, quando foi eleito o vereador mais jovem de Manaus. Dois anos depois foi eleito deputado federal nas eleições gerais de 2022. Á época sua atitude foi bastante criticada por políticos da oposição que questionaram o discurso de que era preciso unir a “inquietação da juventude com a experiência da boa política” e também o fato de o, então vereador, não concluir seus mandatos e agir de forma “inexperiente”.

Atualmente o deputado protagonizou alguns episódios envolvendo não só a prefeitura de Manaus, mas também o Governo do Amazonas. Segundo ele, o crime organizado está infiltrado nas duas esferas, municipal e estadual. Amon se coloca nas redes sociais como um ativista social que luta contra as desigualdades e não cita o parentesco que tem com a alta cúpula do Poder Judiciário no Estado.

O pré-lançamento de sua campanha tem o apoio do senador Plínio Valério (PSDB), que é aliado de Bolsonaro, e também dos vereadores William Alemão (Cidadania) e Rosivaldo Cordovil (PSDB). Amon, que faz sérias críticas e oposição ao prefeito David Almeida, chegou a dizer que a prefeitura tem um “sistema apodrecido”, e disse, na ocasião, que o irmão do gestor, o deputado estadual Daniel Almeida (Avante), foi eleito com o auxílio da máquina pública.

Nas redes sociais, a postura de Mandel tem dividido opiniões, primeiro pelo fato do parlamentar não concluir seus mandatos e agir de encontro com o que dizia sobre traçar uma política participativa com o povo e depois por negar sua candidatura ao cargo majoritário. Veja no vídeo:

Vídeo: Reprodução das Redes Sociais

Amon fazia parte do grupo político do ex-governador do Amazonas, Amazonino Mendes, que faleceu em 2023. Ele surfou em uma popularidade ao lado do “negão”, sustentando por muito tempo a narrativa de que sua candidatura dependia dos anseios do povo. Atualmente ele tem como conselheiro o senador Plínio Valério (PSDB), que foi um divisor nas decisões de Amon sobre colocar seu nome à disposição para o cargo.

Da redação, André Leocádio.

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