Ex-namorado de Djidja era facilitador da compra de cetamina, diz delegado

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Bruno Roberto Lima, Djidja Cardoso e Cícero Túlio (Composição de Weslley Santos/CENARIUM)

Redação – Ex-namorado da empresária Djidja Cardoso, o coach fitness Bruno Roberto Lima foi apontado pelas investigações da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) como um dos facilitadores da compra de sedativdos de uso veterinário para os rituais da seita “Pai, Mãe, Vida”. De acordo com a apuração das autoridades, o esquema era liderado pelo irmão da ex-item do Garantido, Ademar Cardoso.

Bruno foi preso preventivamente na última sexta-feira, 8, durante a segunda fase da Operação Mandrágora, que também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de clínicas veterinárias que forneciam a substância cetamina ao grupo. 

O coach fitness passou à condição de investigado depois que as autoridades encontraram “inconsistências” em seu depoimento, prestado na segunda-feira, 3, na sede do 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP). Além da prisão preventiva, as autoridades também apreenderam o aparelho celular do ex-namorado de Djidja, que foi encontrada morta no último dia 28 de junho na casa dela, em Manaus.

O ex-coach fitnnes e o ex-namorado de Djidja foram presos na última sexta-feira, 7 (Reprodução/Redes Sociais)

“Já estamos em posse do aparelho telefônico do Bruno e iremos avaliar todo o conjunto residente nesse celular. Podemos adiantar que uma análise preliminar já é suficiente para apontar a participação dele justamente na facilitação da compra desse tipo de material. Inclusive, há vídeos que comprovam ele assistindo a Djidja naquela situação deplorável”, afirmou o delegado Cícero Túlio, que coordena a apuração criminal.

As investigações estão concentradas em dois núcleos: dos líderes e participantes da seita que faziam o uso abusivo de substâncias de uso veterinário; e dos fornecedores das drogas para a família Cardoso, que liderava o esquema.

Na sexta-feira, 8, além de Bruno, também foram presos o ex-fisiculturista Hatus Silveira e dois funcionários da clínica veterinária MaxVet. Eles são acusados de tentativa de obstrução de Justiça por meio de ocultação de provas no âmbito do processo de coletas de indícios dos crimes praticados.

O dono do estabelecimento suspeito de fornecer as drogas para a seita, José Máximo Silva de Oliveira, se entregou à polícia no sábado, 8, após ser considerado foragido da Justiça. “Pelo que já foi apurado, a função dele era realizar o fornecimento desse tipo de material para que os integrantes da seita pudesse utilizar nos rituais e nas reuniões”, afirmou o delegado. 

Segunda fase 

A PC-AM, em conjunto com fiscais do Ministério da Agricultura, deflagrou a segunda fase da Operação Mandrágora na tarde da última sexta-feira, 7, em Manaus. As medidas cautelares de prisões e de buscas e apreensões em endereços ligados aos investigados foram autorizadas pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam). Ao todo, dez pessoas já foram presas no âmbito da investigação que apura a existência de uma seita baseada nas interpretações distorcidas do livro “Cartas de Cristo”.

A investigação encontrou uma nova substância identificada como Potenay, um estimulante de uso veterinário utilizado principalmente em bovinos e equinos para aumentar o tônus muscular e estimular o sistema circulatório, além de aumentar o rendimento energético dos animais em atividades desportivas. A CENARIUM apurou que o uso indevido por humanos pode causar alucinações, agressividade, arritmia, agravar depressão, entre outros efeitos.

Em buscas realizadas nos endereços ligados às clínicas veterinárias, as autoridades apreenderam frascos de medicamentos que eram vendidos ilegalmente aos investigados. O delegado Cícero Túlio afirmou que o Ministério da Agricultura e Pecuária subsidia as investigações com informações sobre a atuação dos estabelecimentos no mercado.

“O Ministério da Agricultura e Pecuária tem nos auxiliado para que possamos dar andamento em nossas investigações, sobretudo a partir dos relatórios que apontam a compra excessiva dos medicamentos de uso veterinário, tanto cetamina, quanto potency”, pontuou. Túlio, disse, ainda, que existe uma incompatibilidade em relação ao porte da empresa investigada e o quantitativo de compras que eram realizadas. 

Reprodução Agência Cenarium

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