‘Acolhimento e respeito’, diz babalorixá sobre religiões afro e questões LGBTQIAPN+

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Mulheres com trajes usados em ritos de religiões de matriz africana (Clara Angeleas/MinC)

Redação – As religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, têm uma longa história de inclusão e respeito às questões LGBTQIAPN+. Essas tradições, profundamente enraizadas na cultura brasileira, são conhecidas pelo acolhimento às pessoas, independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero, é o que ressalta o Baba Thales, líder religioso e ativista conhecido por promover a igualdade e a inclusão dentro e fora das comunidades religiosas afro-brasileiras.

“As religiões de matriz africana sempre foram um espaço de acolhimento e respeito à diversidade. A nossa fé é baseada no princípio de que todos os seres humanos são filhos dos Orixás, e cada pessoa é única e valiosa. A orientação sexual ou identidade de gênero de alguém não diminui em nada sua importância ou seu valor dentro do terreiro”, afirma Baba Thales.

Essas religiões possuem uma visão de mundo que reconhece e celebra a diversidade. Os Orixás, divindades espirituais que representam forças da natureza e aspectos da vida humana, são adorados sem distinção de gênero ou sexualidade. Isso se reflete na maneira como as questões LGBTQIAPN+ são tratadas dentro dessas comunidades.

“Em nossas tradições, o respeito ao próximo é fundamental. Os Orixás nos ensinam a aceitar e valorizar cada pessoa como ela é. As cerimônias e rituais são momentos de celebração da vida em todas as suas formas, e isso inclui o reconhecimento e a aceitação das pessoas LGBTQIAPN+”, explica o líder religioso.

Além disso, muitas lideranças religiosas dentro dessas tradições têm se destacado na luta por direitos e visibilidade para a comunidade LGBTQIAPN+. Esses líderes trabalham incansavelmente para garantir que todos os praticantes, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero, se sintam acolhidos e respeitados.

“Estamos vivendo tempos em que é crucial afirmar a importância do respeito e da inclusão. As religiões de matriz africana têm muito a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos possam viver sua fé e sua identidade de forma plena e sem medo”, diz Baba Thales.

A abordagem inclusiva das religiões de matriz africana em relação às questões LGBTQIAPN+ é um exemplo de como a espiritualidade pode ser uma força para a igualdade e o respeito. No terreiro, todos são bem-vindos, e cada indivíduo é valorizado por sua essência, não por sua orientação sexual ou identidade de gênero.

“Nosso compromisso é com a vida e com o amor ao próximo. O candomblé nos ensina a abraçar a diversidade e trabalhar juntos para um mundo mais respeitoso e inclusivo e respeitoso”, conclui o religioso.

Com informações da Agência Cenarium

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