Mãe e cúmplices falsificaram Certidão de Óbito de bebê resgatada em Manaus, diz polícia

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Bebê foi resgatada nesta terça-feira, 20 (Divulgação/Polícia Civil do Amazonas)

Redação – A delegada da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Juliana Tuma, afirmou nesta terça-feira, 20, que a entrega de um recém-nascido do sexo feminino como pagamento por dívida de tráfico de drogas em Manaus (AM) foi premeditada pela mãe do bebê e outras duas mulheres envolvidas no crime. Para esconder o crime, a mãe da criança, junto a outras duas mulheres, falsificaram um atestado de óbito.

A investigação culminou na “Operação Salvaguarda“, na qual duas irmãs, de 22 e 24 anos, foram presas temporariamente em cumprimento a mandados. A mãe biológica da recém-nascida é dependente química e entregou a filha às suspeitas a fim de quitar uma dívida com o tráfico de drogas. Além dos dois mandados de prisão temporária, também foram cumpridos três de busca e apreensão.

Bebê recém-nascida foi resgatada nesta terça-feira, 20 (Divulgação/Polícia Civil do Amazonas)

A autoridade policial explicou que a mãe da recém-nascida, que não teve a identidade informada, deu entrada em uma maternidade na Zona Leste de Manaus utilizando um documento falso. Ao sair da unidade de saúde — em um sábado, dia da semana em que o cartório de registro civil não funciona — a mulher entregou a filha para as duas mulheres envolvidas com o tráfico. À família, a mãe biológica informou que o bebê havia morrido, apresentando, inclusive, atestado de óbito falso.

Foi absolutamente premeditado, vide documento falso. A própria mãe biológica disse que foi trocada a foto de uma careira de identidade e ela apresentou na maternidade. Saiu com mais de 48 horas, que era o normal na maternidade, para que saísse no sábado que o cartório não estava na maternidade, e saiu com a declaração de nascido vivo no nome de uma terceira pessoa“, explicou a delegada.

Com apenas 20 dias de nascida, bebê ainda não havia sido registrada (Divulgação/Polícia Civil do Amazonas)

Depois de entregar o bebê às mulheres, a mãe arrependeu-se e tentou pegar a filha de volta, mas foi ameaçada. “A mãe chegou a solicitar de volta o bebê, disse que pagaria de outra forma, mas ela estava sob ameaça, [as mulheres] diziam que ia morrer ela, a família, tivemos acessos a mensagens ameaçadoras“, declarou Juliana Tuma.

Ainda de acordo com a delegada Juliana Tuma, a dinâmica do crime configura-se como tráfico de pessoas, além de ser identificado a falsificação de documento público e a falsidade ideológica. As mulheres presas ficarão à disposição da Justiça.

Reprodução Agência Cenarium

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