Redação – No segundo trimestre de 2024, o desemprego no Brasil atingiu 6,9%, alcançando 7,5 milhões de pessoas, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 31, por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). A taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui desocupados, pessoas que trabalham menos do que gostariam e aqueles fora do mercado formal, foi de 16,4% no mesmo período.
No gráfico, a Região Nordeste apresenta a maior taxa de desocupação entre as regiões brasileiras, acima de 8%. Isso indica que o Nordeste enfrenta os maiores desafios em termos de emprego no País, superando outras regiões como o Sul e o Centro-Oeste, que apresentam taxas de desocupação mais baixas. A Região Norte apresenta uma taxa de desocupação próxima a 7%, posicionando-se acima da média nacional. O Sul registra a menor, abaixo de 6%.
Além dos desocupados, o número de desalentados, pessoas que desistiram de procurar emprego, alcançou 3,3 milhões. Esse contingente, mesmo fora do cálculo oficial de desemprego, evidencia um cenário de dificuldades persistentes no mercado de trabalho. Na análise do IBGE, a definição de “desocupado” abrange pessoas com mais de 14 anos que buscam e estão disponíveis para trabalhar. Apenas estar sem emprego não é suficiente para ser incluído nesta categoria; é necessário procurar ativamente por uma colocação no mercado.
Exemplos de pessoas fora do cálculo de desocupação incluem estudantes dedicados exclusivamente aos estudos, donas de casa que optam por não trabalhar fora e empreendedores que gerenciam negócios próprios — esses últimos são classificados como “ocupados” na PNAD Contínua.
O gráfico de setores apresenta a divisão da população brasileira em quatro categorias:
Ocupados: 101.830 mil pessoas, representando a maior fatia da população no gráfico.
Fora da força de trabalho: 66.709 mil pessoas, o segundo maior grupo, composto por pessoas que não estão buscando emprego.
Abaixo da idade de trabalhar: 40.744 mil pessoas, crianças e jovens fora da idade legal para o trabalho.
Desocupados: 7.541 mil pessoas, aqueles que estão buscando trabalho, mas ainda não encontraram.
Veja abaixo no gráfico:
Programas sociais e o mercado de trabalho
O levantamento do IBGE indica que o recebimento de benefícios sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), não impacta diretamente o status ocupacional dos beneficiários. Beneficiários do seguro-desemprego, por exemplo, podem estar classificados como “ocupados” caso trabalhem informalmente, como motoristas de aplicativo ou ambulantes. Da mesma forma, aqueles que não buscam trabalho ativamente são considerados “fora da força de trabalho”.
Reprodução Agência Cenarium