
Redação – A Polícia Federal (PF), em ação conjunta com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), deflagrou nesta quarta-feira, 12, a “Operação Máscara Rural“, para apurar crimes ambientais. A ação resultou na prisão do ex-vice-prefeito, secretário de Planejamento e secretário de Assistência Social do município, Delmar José Hister.
Agentes chegaram à casa de Hister por volta das 06h30 e saíram cerca de uma hora depois, levando-o ao município de Humaitá, também no Amazonas. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na cidade de Apuí (AM), assim como a prisão preventiva em desfavor do investigado.

A operação teve a finalidade de reprimir os crimes de desmatamento ilegal, invasão de terras da União e lavagem de dinheiro.
De acordo com a PF, a investigação iniciou-se por meio de cruzamento de dados de alertas, feitos por programas periciais avançados, em que a partir de delitos antecedentes, o investigado teria movimentado valores expressivos, bem acima da sua capacidade financeira.
Em relatório policial, foram identificadas transferências de valores a pessoas físicas e jurídicas, cujas atividades não justificariam a movimentação financeira, bem como, saques e depósitos sem identificação de origem, valores fracionados, operações com pessoas suspeitas, além de supostas movimentações de altos valores sem justificativa de atividade.
A Polícia Federal afirmou que imagens de satélites apontaram que o imóvel rural de posse do investigado passou por um processo de desmatamento “intenso“, em agosto de 2024, abrangendo tanto o perímetro embargado pelo Ibama quanto as regiões adjacentes.
Conforme perícia e levantamentos realizados na área, apurou-se dano ambiental acima de R$19 milhões de reais. Desta forma, além do cumprimento dos mandados judiciais, serão sequestrados bens correspondentes ao valor do prejuízo ambiental estimado.
São apurados os crimes de desmatamento, invasão de terras da União e lavagem de dinheiro, sem prejuízo de outros delitos porventura correlatos, cujas penas somadas são de até 17 anos de prisão.
Reprodução Revista Cenarium