Repórter é atingida por bala de borracha durante entrada ao vivo nos protestos em Los Angeles

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Foto: Daniel Cole/Reuters
Foto: Daniel Cole/Reuters

Redação – Uma repórter australiana foi atingida por uma bala de borracha enquanto cobria os protestos de Los Angeles, nos Estados Unidos.

Lauren Tomasi fazia uma entrada ao vivo no canal australiano “9news” no domingo (8) para reportar a situação dos protestos, quando foi atingida na perna. Seu cinegrafista registrou o momento: ela estava de costas para um cordão de policiais, quando um dos agentes olhou para ela, apontou sua arma e disparou.

“Lauren e seu cinegrafista estão bem e continuarão seu trabalho essencial cobrindo esses eventos. Esse incidente é um lembrete claro dos perigos inerentes que os jornalistas podem enfrentar ao cobrir protestos na linha de frente, reforçando a importância do papel que desempenham ao fornecer informações vitais”, disse a emissora australiana em comunicado.

Protestos contra batidas de agentes de imigração do governo Trump eclodiram em Los Angeles durante o final de semana. O protesto foi crescendo e a tensão aumentou após a chegada de homens da Guarda Nacional enviados pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Los Angeles tem forte presença de comunidades latinas.

Tensão em protestos em Los Angeles

Há três dias, Los Angeles, na Califórnia, a cidade vive protestos contra medidas de Trump para expulsar imigrantes ilegais. Los Angeles tem forte presença de comunidades latinas.

No domingo, homens encapuzados queimaram carros e foram reprimidos pelas forças de segurança com gás e balas de borracha. Houve ao menos 27 prisões, segundo o jornal Los Angeles Times.

Em uma rede social, Trump disse que “multidões violentas” estão atacando agentes federais. “A ordem será restaurada e os ilegais serão expulsos”, disse o presidente.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, criticou o envio das tropas federais. Ele foi contra o uso dessas forças e disse que o presidente comete abuso de poder e quer acirrar o conflito.

Newsom é do Partido Democrata, de oposição.

“Todos os governadores democratas concordam: as tentativas de Donald Trump de militarizar a Califórnia são um alarmante abuso de poder”, disse.

Carros queimados e novos confrontos

Horas após a chegada da Força Nacional, o centro de Los Angeles voltou a ser ocupado por uma marcha em defesa dos imigrantes.

Houve confrontos, e carros foram incendiados. As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha.

Segundo a agência de notícias AP, o confronto começou quando centenas de pessoas protestavam em frente a uma prisão. Segundo a Reuters, as tropas enviadas por Trump foram posicionadas ao redor de prédios do governo federal.

A rodovia 101, que corta Los Angeles, chegou ser totalmente bloqueada. Carros autônomos da Waymo, empresa da Alphabet (dona do Google), foram queimados.

A polícia de Los Angeles declarou que os protestos são “reuniões ilegais” e disse que foi atacada com pedras e garrafas.

Não é a primeira vez que Trump aciona a Guarda Nacional contra manifestações. Em 2020, ele pediu a governadores o envio de tropas a Washington D.C. para conter protestos após a morte de George Floyd.

Desta vez, porém, Trump age em oposição direta ao governador Newsom, que detém o controle sobre a Guarda Nacional da Califórnia.

O presidente disse que a federalização das tropas é necessária para “enfrentar a ilegalidade”. Newsom rebateu dizendo que a medida é “deliberadamente provocativa e só servirá para aumentar as tensões”.

O que diz a lei

Em geral, forças militares federais não podem executar funções de segurança pública contra cidadãos americanos, exceto em emergências.

A principal base legal para ativar militares ou a Guarda Nacional em casos de rebelião é a Lei de Insurreição, de 1807.

Trump, no entanto, não invocou essa lei no sábado. Em vez disso, usou outra lei federal semelhante, que permite a federalização da Guarda Nacional em certas circunstâncias.

A Guarda Nacional é uma força híbrida, com função estadual e federal. Normalmente opera sob comando dos estados, com financiamento das administrações locais. Às vezes, os soldados são enviados para missões federais, ainda sob comando estadual, mas com recursos federais.

Com informações do g1

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