Redação – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que vai visitar Manaus no dia 9 de setembro para participar da inauguração do prédio do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia).
O evento deve contar com a presença de chefes de Estado de outros oito países que dividem a Floresta Amazônica em seus territórios.
A central de monitoramento do CCPI foi inaugurado em junho deste ano, com a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. O serviço funciona de maneira remota.
Segundo Lula, o novo centro terá papel estratégico no enfrentamento ao crime organizado na região.
“É uma coisa muito importante para combater o garimpo ilegal, o narcotráfico, o contrabando de armas e qualquer outra coisa que nos perturbe”, disse o presidente durante discurso em Bogotá, na Colômbia, onde participou de encontro de líderes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
O presidente destacou ainda que a violência na Amazônia tem ligação direta com a destruição ambiental.
“O povo amazônico merece viver livre da violência. Violência que destrói a floresta e envenena as águas, que acaba com o sustento dos pescadores e dos extrativistas, que expulsa indígenas de suas terras e ribeirinhos das suas casas, que tira a vida de quem luta pela Amazônia, como Chico Mendes, Dorothy Stang, Bruno Pereira e Dom Phillips”, afirmou.
A Amazônia ocupa cerca de 6,7 milhões de km² e se espalha por nove países: Brasil, Peru, Venezuela, Colômbia, Bolívia, Guiana, Suriname, Equador e Guiana Francesa. Desse total, aproximadamente 60% do território está em solo brasileiro.
Centro policial da Amazônia
O CCPI Amazônia terá sede em Manaus e atuará como espaço de articulação entre forças de segurança pública do Brasil e dos países vizinhos.
Os trabalhos do centro começaram em junho deste ano, quando foi inaugurada a central de monitoramento na sede da superintendência da Polícia Federal, em Manaus, com a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
As ações serão coordenados pela Polícia Federal, em integração com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, com a Polícia Rodoviária Federal e com a Força Nacional.
O objetivo é promover troca rápida de informações e operações conjuntas contra crimes ambientais, lavagem de dinheiro, grilagem de terras públicas e sonegação de impostos.
A iniciativa é resultado dos compromissos assumidos pelo Brasil junto a Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, na Carta de Belém, e dos estados da Amazônia Legal quando aderiram ao referido plano.
A estrutura inclui:
- Serviço de inteligência
- Divisões de operações e logística
- Sala de videomonitoramento
- Gabinete de crise
- Espaço para imprensa
A implementação do centro foi viabilizada por meio de parceria com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com recursos do Fundo Amazônia no valor de R$ 318,5 milhões.
Fonte: G1 Amazonas
