Protestos crescem na COP30 e movimentos exigem justiça climática real

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Foto: Fred Santana/CENARIUM

Redação – BELÉM (PA) – No segundo dia da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém (PA), manifestantes voltaram a se reunir em frente à entrada da chamada Zona Azul, antes da abertura oficial dos eventos desta terça-feira, 11. O ato foi o segundo em dois dias e reuniu ativistas de diferentes organizações internacionais que pedem medidas efetivas de justiça climática.

Entre os participantes estava o estaduniense Colin Rees, integrante da organização Oil Change International e da ampanha global por justiça climática. À reportagem, ele afirmou que o grupo protesta contra o que chama de “cassino climático” e as “soluções falsas” oferecidas por governos e corporações ao longo das últimas décadas.

“Estamos aqui para demandar o fim das soluções falsas e da evidência continuada dessas práticas. Há 30 anos ouvimos as mesmas propostas, oferecidas pelas mesmas corporações e pelos ricos que não estão pagando pelo problema que criaram”, disse Rees.

Foto: Fabyo Cruz/CENARIUM

O ativista criticou, ainda, a manutenção dos mercados de carbono como ferramenta principal de enfrentamento da crise climática e defendeu que os países do Norte Global assumam responsabilidades financeiras para viabilizar uma transição justa. “Estamos demandando que o Norte Global pague para que essa transição aconteça, e para que uma transição justa seja realizada aqui em Belém”, afirmou.

A manifestação ocorreu de forma pacífica e marcou o início do segundo dia de debates da COP30, que reúne chefes de Estado, lideranças indígenas, ambientalistas e representantes da sociedade civil de todo o mundo até o dia 21 de novembro.

Simulação de corpos
No primeiro dia da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), nessa segunda-feira, 10, ativistas da organização Dívida pelo Clima realizaram um ato simbólico em frente à Zona Azul, em Belém (PA), marcando o início das mobilizações populares durante o evento. O protesto reuniu militantes de diferentes países, que se deitaram no chão, cobertos por panos, simulando corpos sem vida, uma representação das vítimas das crises humanitárias e ambientais provocadas pela desigualdade global e pela inércia diante das mudanças climáticas.

Durante a manifestação, cartazes e faixas com frases em português, espanhol e inglês pediam “justiça climática” e o “cancelamento das dívidas do Sul Global”. O ato contou com a presença de representantes de movimentos latino-americanos que chegaram a Belém em caravanas vindas da Mesoamérica, incluindo ativistas do México, que integram as ações articuladas pela organização ao longo da conferência.

A Dívida pelo Clima é um movimento internacional que denuncia o papel das instituições financeiras e das nações do Norte Global na perpetuação de crises sociais, econômicas e ambientais no Sul Global. O grupo defende que os países historicamente mais poluidores assumam responsabilidades financeiras e políticas pela crise climática, compensando os danos causados às populações mais vulneráveis.

Fonte: AGÊNCIA CENARIUM

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