Sistema de monitoramento interligado atua com 432 câmeras nas unidades prisionais de Manaus e em Itacoatiara
O monitoramento por câmeras no Sistema Prisional da capital e no município de Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus) vem sendo intensificado através da parceria entre as Secretarias de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). Com a implantação de um sistema interligado nas unidades prisionais e o monitoramento no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), localizado na avenida André Araújo, estão em operação 432 câmeras em oito presídios.
fotos: SEMCOM
O secretário de Estado de Administração Penitenciária, coronel da Polícia Militar, Cleitman Coelho, ressalta que a estrutura de monitoramento é uma das maiores do sistema prisional brasileiro, com equipamentos em diversas áreas internas e externas das unidades. “Os equipamentos estão presentes em locais que auxiliam nos trabalhos dos monitoradores e da segurança dos presídios. As imagens são gravadas em tempo real e acompanhadas pelos operadores presentes em cada unidade prisional e na central do CICC”.
Entre os locais monitorados pelas câmeras estão os lados externos e internos próximos às muralhas de cada unidade, corredores e pavilhões, áreas de procedimento de revistas de materiais, alimentos, visitantes e funcionários, corredores administrativos e áreas comuns, seguindo a característica e necessidade de cada unidade prisional.
Segundo o vice-governador e secretário de Segurança, Bosco Saraiva, o acompanhamento em tempo real é parte das medidas adotadas para ampliar o controle sobre os presídios do estado. “Estabelecemos um link do CICC com todo o sistema prisional e agora é possível acompanhar em tempo real toda a movimentação dentro das unidades do sistema prisional da cidade de Manaus. Qualquer deslize ou qualquer movimento diferenciado lá dentro do presídio, a gente consegue atuar com mais precisão”, destacou Bosco.
Operação Cerberus – As operações no sistema prisional foram intensificadas entre os meses de outubro a dezembro, seguindo a determinação do governador Amazonino Mendes. No período, foram realizadas 33 revistas em unidades prisionais da capital e interior do Amazonas. Em dezembro, com a “Operação Cerberus”, os presídios passaram a contar com policiamento terrestre, fluvial e monitoramento aéreo, com sobrevoos diários de helicópteros.
As imagens dos sobrevoos estão sendo compartilhadas com a central do CICC, que em sintonia com as unidades prisionais, tem exercido grande contribuição para o desenvolvimento da “Operação Cerberus”, que teve início no dia 15 de dezembro e que permanece em janeiro de 2018 por tempo indeterminado.
Trabalho preventivo – O secretário Cleitman Coelho reforça que o monitoramento está realizando o trabalho preventivo de comunicação das movimentações dos detentos, familiares e funcionários. “Qualquer atividade anormal está sendo comunicada a Seap, SSP-AM e as Polícias Civil e Militar que estão participando da operação. Para reforçar a atuação nos presídios, os membros da direção das unidades estão acompanhando atentamente os dias de entrega de materiais e de visitas através da presença física nas áreas dos procedimentos de revista e nas centrais de monitoramento”.
Ocorrências e pronta resposta – Os postos de monitoramento funcionam 24 horas nas unidades prisionais e na central do CICC, com registros de todas as ocorrências de procedimentos executados. Em caso de situações que fujam da rotina nos presídios, os monitores das unidades prisionais usam o botão de emergência e fazem o contato com a central no CICC para acionar equipes de contingência da Seap e o reforço das Forças do Sistema de Segurança Pública.
Flagrantes – Durante a última terça-feira (09/01), a Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) registrou quatro ocorrências de materiais proibidos, a maioria entorpecente, entre os materiais de limpeza, higiene e alimentação que foram entregues na unidade.
De acordo com Cleitman Coelho, além da atuação dos agentes no momento das revistas e do uso dos equipamentos de tecnologia adquiridos, membros da direção estavam acompanhando através do monitoramento e identificaram atitudes suspeitas dos visitantes, que se mostraram nervosos e agitados enquanto permaneciam na fila antes de passarem pelo procedimento.
“Os flagrantes que estamos realizando nos últimos meses são resultado de um conjunto de fatores determinantes para o êxito das apreensões, que são o uso de todos os equipamentos de tecnologia que adquirimos, como o body scanner, raio-x, portais detectores de metais, raquetes e banquetas. A ação dos agentes de socialização também tem contribuído bastante para encontrar ilícitos e percebemos através das câmeras que o comportamento, a linguagem corporal daqueles que tentam burlar a segurança acaba transparecendo e muitas vezes entregam que aquele visitante está escondendo um objeto proibido entre os materiais que estão passando pela revista”.
Tecnologia das câmeras de monitoramento – O Sistema Prisional utiliza dois tipos de câmeras para o acompanhamento da rotina e movimentação nas unidades prisionais. A câmera HDCVI com infravermelho e Full HD possui alta definição e alcance de 20m, 60m e 100m com filmagem diurna e noturna.
As câmeras speed possuem um alcance maior, chegando a 1.200 metros e também possuem a tecnologia com infravermelho e filmagem diurna e noturna. As speed contam também com sensores de movimento interno e zoom óptico digital com garantia de imagem nítida e tecnologia para trafegar com áudio e vídeo em tempo real.
Fonte: SECOM
Fotos: Valdo Leão / Secom (Monitoramento no CICC) e Ícaro Guimarães / Secom (Monitoramento Compaj e CDOM II)