A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) estão discutindo uma estratégia integrada para a melhoria do atendimento aos pacientes com pé diabético na rede pública. O assunto foi tema de uma reunião realizada na sede da Susam, na manhã desta segunda-feira (28/01), entre o vice-governador e secretário estadual de saúde, defensor Carlos Almeida, o reitor Cleinaldo Costa e suas equipes técnicas.
A ideia consiste na integração dos serviços já existentes e a organização do fluxo de atendimento em toda a rede de saúde pública para um acompanhamento integral ao paciente. Para o secretário de saúde, a integração das ações e um melhor planejamento, além de salvar vidas e reduzir danos ao paciente, podem gerar economia e otimizar recursos, uma vez que o pé diabético está entre as grandes demandas de urgência do estado hoje.
As discussões, segundo ele, seguirão com novas reuniões, com a participação também do município, que faz a parte preventiva. “Nós marcamos essa reunião específica para conhecer a ideia da universidade sobre o pé diabético. Para podermos implementar uma política de estado, temos que fazer as coisas mais estruturadas”, ressaltou Almeida, que pretende realizar novas reuniões para alinhar com a Prefeitura de Manaus, que realiza o atendimento preventivo.
Cleinaldo Costa disse que o pé diabético é considerado hoje um problema de saúde pública no Brasil e no Amazonas. “As estatísticas apresentadas não se modificaram ao longo de dez anos em relação às amputações dos pacientes nesta condição. Temos dados que demonstram que 57% dos pacientes com pé diabético vão progredir para amputação de dedos nos pés, amputação na frente dos pés e, eventualmente, a amputação de perna ou de coxa”, explicou, o reitor da UEA.
O reitor da UEA apresentou projetos que vêm sendo desenvolvidos pela UEA, com uso de Telemedicina, para atendimento a pacientes do interior, além de estudos e experiências exitosas que podem contribuir para a redução de danos nos pacientes.
De acordo com Cleinaldo Costa, há um modelo de cuidado multidisciplinar integral do paciente pé-diabético adotado pelo Ministério da Saúde, com bons resultados em vários Estados, que aposta na educação em saúde e prevenção, antes que o quadro evolua para outras doenças, como o derrame, infarto, insuficiência renal, cegueira e até a morte. “É um programa que integra vários setores, como atenção primária, atenção secundária, atenção terciária, de um modo que o doente possa estar completamente atendido”, disse Costa.
*Informações da Assessoria