Marcelo Ramos diz que redução do IPI anunciada por Bolsonaro quebra ZFM e indústria nacional

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O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) reagiu, hoje, com um duro discurso contra o anúncio da redução de IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) de 16% para 4%, estudada pelo Ministério da Economia, sobre a importação de produtos de tecnologia da informação, como computadores e aparelhos celulares, seguindo uma logica de abertura da economia.

“Essa medida terá reflexos não só na Zona Franca de Manaus, como soa como uma afronta a toda indústria nacional e aos empregos por ela gerados. Falamos de um estado em que para produzir, se tem de enfrentar uma burocracia absurda, um manicômio tributário e um caos logístico. Já sobre esse chamado custo Brasil, nenhuma palavra do presidente da República nem do ministro da Economia”, disse.

Marcelo Ramos avalia que os empreendedores e industriais que teimam em investir no país, em gerar riqueza, distribuir renda e transferir tecnologia recebem como resposta do governo uma abertura descontrolada do mercado interno brasileiro. “Primeiro, o ministro Paulo Guedes tem de fazer o dever de casa. Melhorar o ambiente de negócios e oferecer ao industrial nacional regras de negócios como na China, na União Europeia e nos Estados Unidos ou do Paraguai”, emendou o parlamentar.

O parlamentar considera grave esse modelo proposto em que os empresários que desfrutam de ambientes de negócios sadios invadem o mercado brasileiro, que tem um custo Brasil e um custo Amazonas elevados. “Nossa indústria já conta com um sistema tributário ruim e de muita insegurança jurídica. Mais grave é o argumento usado, o de baratear o custo dos celulares e dos computadores quando não há nenhuma relação técnica de barateamento do produto ao consumidor. E mais: de que adiantaria baratear produtos mas perdendo postos de trabalho?”, reagiu.

Segundo o deputado Marcelo Ramos, nenhuma indústria se sustenta eternamente em barreiras tributárias. No entanto, qualquer abertura da economia deve ser gradual, e coordenada com a redução do custo Brasil e Amazonas, e não como está sendo feita, sem planejamento e aviso prévio aos industriais brasileiros, o que gera ainda mais instabilidade e reprime investimentos.

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