Em depoimento, Flávio dos Santos Rodrigues, filho da deputada, confessou ser o executor do pastor e disse que o irmão adotivo Lucas participou do crime, segundo TV
A Justiça do Rio de Janeiro expediu na última quinta-feira, 20, mandados de prisão temporária para dois filhos da deputada federal Flordelis (PSD-RJ). Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos, e Lucas Cezar dos Santos Souza são suspeitos do homicídio do pastor Anderson do Carmo Souza, de 42 anos, marido da parlamentar, que foi morto no último dia 16, em Niterói, na casa da deputada.
Rodrigues é filho biológico de Flordelis e enteado de Souza. Lucas é um dos 51 filhos adotivos do casal. Os dois já estavam presos desde segunda-feira por outras suspeitas que pairavam sobre eles.
A informação foi divulgada na página do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O novo advogado constituído pela família da deputada, Marcelo Ramalho, esteve nesta quinta-feira na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, mas afirmou que ainda não havia visto o inquérito. Ele não quis dar detalhes sobre os fatos.
O crime ocorreu quando Souza e Flordelis voltavam de uma confraternização. Segundo a deputada contou à polícia, depois que chegaram em casa, o marido voltou à garagem porque teria esquecido algo dentro do carro. Nesse momento, a família ouviu o som dos disparos e desceu correndo. Souza chegou a ser levado ao Hospital Niterói D’Or, onde morreu. Nada foi roubado.
Segundo a TV Globo, Rodrigues confessou ser o executor do pastor em depoimento à Polícia Civil, mas ainda há contradições a serem esclarecidas. O filho da deputada Flordelis teria dito na confissão que atirou seis vezes contra o padrasto, mas o laudo do Instituto Médico Legal revelou que o corpo do pastor apresentava mais de 30 perfurações, nove na região da virilha e da coxa, oito no peito e um, provocado por tiro a curta distância, na cabeça – o que, segundo a polícia, indica que o criminoso atirou apenas com a intenção de matar.
Ainda conforme informações da TV Globo, Rodrigues teria dito na confissão que Lucas participou do crime e teria ajudado a comprar a arma. Por causa das contradições, a Polícia Civil segue investigando o caso. Procurada, a assessoria de imprensa da Polícia Civil ainda não respondeu os questionamentos sobre a confissão de Rodrigues.
A arma usada no assassinato foi encontrada dentro de sua casa pela polícia, em mais um indício de que o crime pode ter sido cometido por alguém da família.