Ministro diz que dados sobre desmatamento na Amazônia são ‘interpretações sensacionalistas’

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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles disse nesta quarta-feira (7) em audiência na Câmara dos Deputados que os percentuais de desmatamento da Amazônia divulgados recentemente “são interpretações sensacionalistas e midiáticas” feitas por “aqueles que manipulam para criar factóides” e “conseguir mais doações das ONGs estrangeiras para os seus projetos pessoais”.

Salles afirmou que o governo federal admite haver desmatamento na Amazônia, mas não do tamanho dos números divulgados.

A discordância do governo sobre os números levou à demissão, na semana passada, do ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Osório Galvão.

Salles afirmou na Câmara que o Inpe, “enquanto instituição”, deve ser respeitado. Segundo o ministro, são pessoas, e não o instituto, que fizeram as interpretações consideradas por ele como “sensacionalistas”.

“Na semana passada, fizemos uma verificação de várias dessas informações utilizadas por terceiros. Não foi o órgão permanente, o Inpe, enquanto instituição, que é respeitada e deve ser respeitada, que fez essas interpretações sensacionalistas e midiáticas. Foram aqueles que manipulam para criar factoides, para criar impacto na imprensa e, quem sabe, conseguir mais doações das ONGs estrangeiras para os seus projetos pessoais”, afirmou Salles.

Dados do sistema Deter, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que as áreas com alerta de desmatamento na Amazônia Legal (abrange 9 estados), tiveram um aumento de 278% em julho, em comparação ao mesmo mês de 2018.

Nesta quarta (7), Bolsonaro afirmou em que receberá dados “alarmantes” de desmatamento antes que sejam divulgados. Os números são públicos e ficam disponíveis na plataforma Terra Brasilis desde 2017.

Na audiência na Câmara, Salles afirmou não haver “o menor interesse em esconder os dados”, mas disse que eles não “podem ser manipulados”.

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