Inflação no Brasil é a menor para julho em 5 anos, diz IBGE

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,19% em julho, segundo divulgou nesta quinta-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da aceleração em relação ao mês anterior (0,01%), trata-se da menor taxa para julho desde 2014, quando ficou em 0,01%.

Com o resultado, o índice acumula alta de 2,42% em 7 meses. Em 12 meses, recuou para 3,22%, ante os 3,37% registrados em junho, permanecendo bem abaixo da meta de 4,25% definida pelo governo para o ano, o que deve reforçar as apostas de novos cortes na taxa básica de juros, atualmente em 6% ao ano – o menor valor da série histórica.

Queda nos preços de vestuário e combustíveis

O grupo de alimentação e bebidas, que tem o maior peso na composição do indicador, ficou praticamente estável na passagem de junho para julho. A alimentação no domicílio teve queda de 0,06%, enquanto a alimentação fora apresentou alta de 0,15%. Entre os produtos que ficaram mais barato, destaque para tomate (-11,28%), feijão-carioca (-8,86%), hortaliças (-4,98%) e batata-inglesa (-3,68%).

Segundo o IBGE, a queda dos preços de vestuário (-0,52%), transportes (-0,17%) e saúde e cuidados pessoais (-0,20%) ajudaram a segurar a inflação no mês.

“A queda [dos preços] em vestuário é explicada pelas promoções por conta das trocas de coleções. Já o transportes foi puxado pela queda nos preços dos combustíveis (-2,79%), principalmente da gasolina (-2,80%), que teve o maior impacto negativo na composição do índice, de -0,12 pontos percentuais”, afirmou o gerente da pesquisa.

Segundo o IBGE, a gasolina recuou 2,80%, em média, em julho no país. Já os preços do etanol e do diesel caíram 3,13% e 1,76%, respectivamente.

Baixa demanda segura alta de preços

Segundo Gonçalves, há uma pressão negativa da baixa demanda em relação aos serviços, o que tem segurado a alta de preços. A inflação de serviço ficou em 0,46% em julho, ante 0,34% em junho.

“Ainda há muita informalidade no mercado de trabalho e um contingente muito grande de desempregados. Como a renda dessa informalidade é muito incerta, as famílias acabam, priorizando alimentação, habitação e transporte. Então, para os serviços acaba não sobrando nada”, destacou.

Veja a inflação de junho por grupos pesquisados e o impacto de cada um no índice geral:

  • Alimentação e Bebidas: 0,01% (0 ponto percentual)
  • Habitação: 1,20% (0,19 p.p.)
  • Artigos de Residência: 0,29% (0,1 p.p.)
  • Vestuário: -0,52% (-0,03 p.p.)
  • Transportes: -0,17% (-0,03 p.p.)
  • Saúde e Cuidados Pessoais: -0,20% (-0,02 p.p.)
  • Despesas Pessoais: 0,44% (0,05 p.p.)
  • Educação: 0,04% (0 p.p.)
  • Comunicação: 0,57% (0,02 p.p.)
Fonte: G1

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