Professores da rede pública de educação da Associação Sindical dos Professores de Manaus (Asprom) se reuniram em um protesto para cobrar equipamentos e condições para início das aulas de maneira remota no Amazonas, nesta quinta-feira (18). Segundo a categoria, os professores não receberam computadores, internet e treinamento para retorno das aulas via internet.
De acordo com o presidente da Asprom, professor Lambert Melo, o sindicato dos professores tentou fazer reuniões com a Secretaria de Educação do Amazonas (Seduc), para apresentarem as reivindicações e discutir o início do ano letivo desde o início do ano, mas ainda não foram recebidos pela secretaria.
“Nós queríamos discutir esse começo de ano letivo e apresentar nossas propostas para que o ano letivo pudesse começar de maneira tranquila. Não tivemos nenhuma resposta até o presente momento. Fomos a sede da Seduc presencialmente, mas o governo se fecha e não abre diálogo com a categoria”, disse o professor.
O presidente do sindicato informou que a categoria não recebeu condições materiais e treinamento para exercerem o retorno das aulas de maneira remota. Com isto, os professores decidiram ir até a sede do governo para solicitarem uma reunião com o governador Wilson Lima.
“Nós precisamos ter computadores fornecidos pelo Governo do Estado, precisamos ter pacotes de internet pagos pelo governo, custeio de energia elétrica que gastamos ao trabalhar em casa e outros materiais usados no ensino de maneira remota e precisamos ter formação inicial e continuada para a utilização das tecnologias educacionais que estão sendo apresentadas no projeto Aula em Casa”, explicou Melo.
Por volta de 8h30, os professores se reuniram na Arena Amadeu Teixeira, na Avenida Constantino Nery, e seguiram para a sede do Governo do Amazonas para protocolarem um pedido de reunião com o governador para discutirem as reivindicações.
Vacinação de profissionais da educação
O presidente da Asprom também comentou que a categoria só pretende retornar para o retorno das aulas presenciais após os professores receberem a vacinação contra a Covid-19. Eles também cobram que recebam a vacina antecipadamente.
“Inicialmente, voltamos de forma remota, mas sabemos que em algum momento o governo vai querer voltar com as aulas presenciais. Na medida em que esse retorno acontecer e os trabalhadores da educação não estiverem vacinados, nós não voltaremos. Não aceitaremos retornar sem a vacinação em massa da categoria. Nós queremos que seja antecipada para que seja feita imediatamente. Quanto mais cedo estivermos imunizados, mais cedo poderemos voltar para as aulas presenciais”, finalizou Melo.
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Fonte: G1 Amazonas