Acre já tem quase 130 mil pessoas atingidas pela cheia de rios na capital e no interior do estado

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Acre já tem quase 130 mil pessoas atingidas pela cheia de rios na capital e no interior do estado — Foto: Marcos Vicentti/Secom

O Acre já tem quase 130 mil pessoas atingidas de alguma forma pela cheia dos rios na capital e no interior do estado. No total, são dez cidades afetadas: Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Jordão, Porto Walter, Mâncio Lima e Rodrigues Alves.

O governador do Acre, Gladson Cameli, decretou, na terça-feira (16) situação de emergência devido à cheia dos rios e também pelo surto de dengue, crise migratória na fronteira do Acre com o Peru e a falta de leitos de UTI para pacientes com Covid-19.

A enchente dos rios Acre, Juruá, Envira, Iaco, Purus e outros mananciais, além do transbordamento dos igarapés, atinge centenas de famílias. Esses moradores foram levados para abrigos montados em escolas, igrejas, ginásios, quadras esportivas e barcos. Além dos desabrigados, há várias famílias desalojadas.

Cruzeiro do Sul tem 30.048 pessoas atingidas pelas águas do Rio Juruá e seus afluentes — Foto: Marcos Vicentti/Secom

Cruzeiro do Sul

Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do Acre, é a que está em situação pior. Com 30.048 pessoas atingidas pelas águas do Rio Juruá e seus afluentes, o município decretou situação de emergência na segunda-feira (15). O decreto é válido por 60 dias.

Conforme dados da prefeitura, Cruzeiro do tem mais de 200 pessoas desabrigadas e outras mais de 1,2 mil desalojadas, ou seja, que tiveram que deixar suas casas. Mais de 9,5 mil famílias estão atingidas pela cheia.

Neste sábado (20), o Rio Juruá marcou 14,33 metros na medição das 6 horas. O manancial está com 1,33 metro acima da cota de transbordo, que é de 13 metros.

Tarauacá tem 28 mil moradores afetados com a enchente do rio — Foto: Marcos Vicentti/Secom

Tarauacá

Com uma população estimada em 43.151 pessoas, de acordo com o Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE), a cidade de Tarauacá tem 28 mil moradores afetados com a enchente do rio que leva o mesmo nome do município. De acordo com a Defesa Civil Municipal, dos nove bairros que há na cidade, apenas um não foi atingido pelas águas. Cerca de 90% do município está afetado pela enchente.

O rio está com o nível de 11,05 metros, de acordo com a medição do Corpo de Bombeiros feita às 6 horas deste sábado (20). A cota de transbordo é de 9,50 metros, ou seja, o rio está 1,55 acima do nível máximo estipulado para transbordar. A maior cota já registrada na cidade foi 11,93, em 2014. A cidade decretou calamidade pública na quinta (18), mas o decreto ainda não foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE).

Rio Branco, tem 25 mil pessoas atingidas direta e indiretamente pelas águas em 22 bairros — Foto: Kelton Pinho/Rede Amazônica

Rio Branco

A capital acreana, Rio Branco, tem 25 mil pessoas atingidas direta e indiretamente pelas águas em 22 bairros. O Parque de Exposições Wildy Viana, que fica no Segundo Distrito, já abriga pelos menos 58 famílias.

Neste sábado (20), o Rio Acre apresentou leve vazante e marcou 15,58 metros. Conforme os dados da Defesa Civil, 75 famílias estão desabrigadas e 128 desalojadas na capital acreana.

Em Sena Madureira, rio já atinge mais de 17 mil pessoas — Foto: Marcos Vicentti/Secom

Sena Madureira

Em Sena Madureira, o Rio Iaco continua subindo e, neste sábado (20) marcou 18,06 metros na medição das 12h, segundo dados do Corpo de Bombeiros. Essa é a segunda maior cheia desde 1997, quando rio marcou 19,40 metros. São, no total, 17.376 pessoas atingidas.

A enchente já desabriga mais de 1,4 mil famílias e outras 2,5 mil precisaram ser levadas para casas de parentes.

Diante da situação, o prefeito da cidade, Mazinho Serafim anunciou na segunda-feira (15), que iria decretar situação de emergência por 180 dias. O decreto foi publicado na quarta (17) do Diário Oficial do Estado (DOE).

Com cheia do Rio Juruá, Porto Walter declarou calamidade pública — Foto: Arquivo/Prefeitura

Porto Walter

Com as fortes chuvas, o Rio Juruá em Porto Walter já atinge 7,6 mil pessoas. Por isso, a prefeitura declarou calamidade pública em um decreto publicado na quarta (17) no Diário Oficial do Estado.

Pelo menos 30 famílias estão alojadas em barcos, segundo a Defesa Civil — Foto: Arquivo/ Defesa Civil municipal

Rodrigues Alves

Rodrigues Alves já tinha sido atingida pela cheia do Rio Paraná dos Mouras, que transbordou no dia 12 deste mês e atingiu pelo menos 56 famílias – em nove comunidades. Agora, a cidade também sofre com a cheia do Rio Juruá. Alguns moradores preferiram não sair de casa e ficaram alojados em barcos.

Conforme dados do Corpo de Bombeiros, a estimativa é que 68 famílias estejam desabrigadas pela cheia em Rodrigues Alves e outras 430 desalojadas. Mais de 3,5 mil pessoas na cidade estão atingidas pelas águas do Rio Juruá.


Rio Envira encheu e atingiu diversas famílias em Feijó, no interior do Acre — Foto: Asscom/Corpo de Bombeiros do Acre

Feijó

Rio Envira, em Feijó, continua subindo e chegou à cota de 14,25 metros. São, no total, 3,2 mil pessoas afetadas pela cheia, sendo 74 famílias desabrigadas e 32 desalojas. Ao todo são três bairros afetados, entre eles: Aristides, Terminal e bairro do Hospital, segundo informou a Defesa Civil da cidade que auxilia os moradores.

Município de Santa Rosa está alagado com enchente do Rio Purus — Foto: Sandra de Brito/Arquivo pessoal

Santa Rosa do Purus

O Rio Purus segue em lenta vazante na cidade de Santa Rosa do Purus, no interior do Acre. Mesmo assim, a enchente já atinge cerca de 1.640 pessoas. Na medição deste sábado (20), o manancial marcou 9,46 metros, e está com 46 centímetros acima da cota de transbordo, que é de 9 metros.

Ainda segundo os bombeiros, são, ao todo, 55 famílias estão desabrigadas. Há ainda outras 18 famílias que estão desalojadas. Para atender a demanda, foram montados cinco abrigos no município, sendo quatro escolas e uma academia. Três dessas escolas estão ocupadas com os indígenas.

Jordão

No município de Jordão, o Rio Tarauacá atinge cerca de 3.080 pessoas. Ainda de acordo com os dados dos bombeiros, 23 famílias estão desabrigadas e 27 desalojadas.

Mâncio Lima

Em Mâncio Lima, as águas do rio atingem cerca de 2,4 mil pessoas, segundo informativo do Corpo de Bombeiros.


Fonte: G1.

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