Dois meses após colapso no Amazonas, Manaus zera fila de espera para UTI de Covid-19

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Pacientes com Covid-19 chegaram na madrugada desta sexta a Manaus, vindos de Rondônia — Foto: Divulgação

Há cinco dias, nenhum paciente espera por um leito de UTI para Covid-19 em Manaus. E a fila do interior é de oito pacientes.

Dois meses atrás, no fim de janeiro, a realidade era outra. Na capital, 63 pessoas aguardavam um leito de UTI para Covid em 25 de janeiro. E no interior, a fila chegava a 46 pacientes no mesmo dia.

Na central de regulação da Saúde, uma equipe acompanha em tempo integral as solicitações de transferência de todo o estado. A decisão depende do quadro clínico do paciente e da disponibilidade de leitos.

“Nós recebemos a informação de todas as unidades dizendo quantos leitos têm livres e o perfil de cada leito, então com base nesse perfil de leito, ela ver o perfil do paciente e encaminha para esse leito”, explicou Felizardo Monteiro, assessor técnico do complexo regulador.

No pico da segunda onda da pandemia, o sistema de regulação chegou a ter mais de 600 chamados por um leito de Covid, com pacientes esperando até 72 horas para conseguir uma vaga. Agora, a situação é bem tranquila.

“Nós temos um atendimento hoje muito rápido na capital do Amazonas. Em até 6 horas no máximo essa regulação é feita. O interior, dependendo do município, em até 24 horas porque nós precisamos da remoção aeromédica, mas os números estão caindo para Covid e isso é importante”, disse o secretário da Saúde do estado, Marcellus Campêlo.

Com a situação um pouco mais equilibrada, o Amazonas está recebendo pacientes de outros estados. Já foram 45 transferências: 42 de Rondônia e 3 do Acre.

estado também flexibilizou as restrições. Ampliou o horário de funcionamento do comércio e permitiu aulas presenciais no ensino infantil e fundamental privados.

Mas o pesquisador Henrique dos Santos Pereira, da Universidade Federal do Amazonas, diz que não é hora de baixar a guarda.

“O fato é que, neste momento, já com as medidas de flexibilização adotadas, os indicadores parecem estar estacionados há duas semanas e em patamar mais elevado do que o que nós tínhamos em dezembro, antes do início da segunda onda da pandemia, indicando que Manaus ainda sofre e ainda está sob o efeito dessa segunda onda”

O Amazonas tem hoje uma taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid de 74,37%. E a média móvel de casos dos últimos quatorze dias é de pouco mais de mil casos. Até esta quinta-feira (25), já foram quase 12 mil mortes pela doença no estado.


Fonte: G1 Amazonas

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