Queiroga, Pazuello e Ernesto Araújo integram lista de investigados da CPI da Pandemia

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Durante o anúncio, Renan afirmou que o presidente Jair Bolsonaro, que não está na lista, poderá ser responsabilizado pela CPI ao final dos trabalhos (Edilson Rodrigues/Agência Brasil)
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Durante o anúncio, Renan afirmou que o presidente Jair Bolsonaro, que não está na lista, poderá ser responsabilizado pela CPI ao final dos trabalhos (Edilson Rodrigues/Agência Brasil)

BRASÍLIA – O relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), anunciou nesta sexta-feira uma lista com 14 nomes de testemunhas que, agora, passam à condição de investigados pela comissão. A relação inclui o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o antecessor, Eduardo Pazuello, e Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Internacionais. Durante o anúncio, Renan afirmou que o presidente Jair Bolsonaro, que não está na lista, poderá ser responsabilizado pela CPI ao final dos trabalhos e que estuda incluí-lo como investigado.

“Essa é uma análise que estamos refletindo, ouvindo as pessoas, conversando com as instituições. Se a CPI puder diretamente investigar o presidente, já que a vedação é (apenas) para o não comparecimento para prestar depoimento, e não óbvia vedação à investigação… Se a competência favorecer a investigação, quero dizer que vamos investigar, sim. Se não pudermos trazê-lo para depor, poderemos fazer perguntas por escrito, como em muitas circustâncias compete fazer a presidente da República… Aparecendo fatos óbvios, como tem aparecido, a CPI vai ter que responsabilizar. Diante de provas, não há como não responsabilizar. Seria um não cumprimento do nosso papel”, afirmou Renan.

“A investigação direta do presidente, não sabemos ainda se podemos fazer ou não. Tem algumas vedações.  Não podemos convocá-lo para prestar depoimento, mas podemos investigá-lo diretamente no procedimento do fato determinado? Ou não podemos? Essa lista vai se ampliando nos limites que for se esclarecendo os limites da própria competência da investigação”, completou o relator.

O GLOBO apurou que, mesmo que Bolsonaro não possa ser formalmente denunciado pela CPI à Procuradoria-Geral da República, o relatório de Renan apontará supostos erros e omissões do presidente no enfrentamento à pandemia. Com isso, há a expectativa de que o presidente possa ser levado a uma corte penal internacional.

Lista

Além de Queiroga, Pazuello e Ernesto, a lista oficial de investigados por Renan tem, por ora, Elcio Franco (ex-secretário executivo da Saúde); Arthur Weintraub (assessor especial da Presidência); Carlos Wizard (empresário); Fábio Wajngarten (ex-secretário de Comunicação); Franciele Francinato (coordenadora do Programa Nacional de Imunização); Hélio Angotti Neto (secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde); Marcellus Campêlo (ex-secretário de Saúde do Amazonas); Mayra Pinheiro (secretária de Gestão e Trabalho do Ministério da Saúde); Nise Yamaguchi (médica); Paolo Zanotto (médico) e Luciano Dias Azevedo (médico).


Fonte: O Globo

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