Enquanto o Brasil quer saber o que aconteceu na pandemia em Manaus com mortes por sufocamento e falta de leitos de UTI, a maioria dos deputados da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE/AM) já demostrou não ter nenhum interesse em apurar as responsabilidades da maior tragédia sanitária no Estado.
São dois pedidos de CPIs na Aleam: CPI da Pandemia e CPI da Asfixia.
A instalação da CPI da Asfixia, para investigar a gestão do governador Wilson Lima (PSC), durante a pandemia da covid-19, depende de somente mais duas assinaturas para ser instalada. Desde o dia 08 de julho que a CPI estancou em seis assinaturas. São suficientes oito.
O deputado Wilker Barreto (Podemos) voltou a apelar aos deputados para que assinem a CPI.
“Quero reiterar que assinem a CPI da Asfixia. Peço que os colegas, que estavam na CPI da Pandemia [em 2020], assinem o requerimento. Precisamos de mais duas assinaturas para iniciarmos os trabalhos de investigação e darmos uma satisfação à população amazonense”, insistiu Wilker Barreto.
A CPI da Pandemia, que trata de uma investigação mais ampla do governo, também tem seis assinaturas.
RELATOR DA CPI 2020 RETIROU ASSINATURA
O deputado Fausto Jr (MDB), que havia assinado a CPI da Pandemia [ completando sete assinaturas], retirou sua assinatura ao receber informações de que a Comissão investigaria todos os contratos do governo Wilson Lima.
O motivo seria as informações que Fausto Jr recebeu de que ele e a sua mãe a conselheira do Tribunal de Contas do Estado, Yara Lins, poderiam virar alvos também da CPI da Pandemia.
Yara Lins é a atual relatora das contas da gestão de Wilson Lima. Já o deputado Fausto Junior foi o relator da CPI da Saúde em 2020 e há suspeitas que ele tenha blindado o governador, não convocando Wilson para depor e nem o indiciando. Somente a Aleam pode convocar o governador do Estado.
Na CPI da Pandemia do Senado, Omar Aziz, que presidente a comissão, acusou a conselheira de enriquecimento ilícito, por envolvimento em contratos de várias empresas com o governo do Estado. Yara Lins foi ainda acusada de usar o TCE-AM, em 2018, para eleger o filho Fausto Júnior (MDB).
Sobre as denuncias a conselheira não se manifestou e o deputado disse, na CPI da Pandemia, no Senado, que não indiciou o governador por não encontrar provas materiais contra Wilson.
ASSINARAM A CPI DA ASFIXIA
Wilker Barreto (Podemos), Delegado Péricles (PSL), Dermilson Chagas (Podemos), Serafim Corrêa (PSB), Sinésio Campos (PT) e Ricardo Nicolau (PSD), assinaram a CPI da Asfixia.
ASSINARAM A CPI DA PANDEMIA:
Delegado Péricles (PSL), Dermilson Chagas (Podemos), Ricardo Nicolau (PSD), Roberto Cidade (PV), Nejmi Aziz (PSD) e Wilker Barreto (Podemos) assinaram a CPI da Pandemia.
Fonte: Portal DeAmazonia