Aeroporto de Cabul é alvo de explosão; Talibã fala em 13 mortos

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Avião da força aérea sul-coreana evacua pessoas no aeroporto de Cabul. Foto: Jung Yeon-je / AFP

Nesta quinta-feira (26), uma explosão e tiros foram ouvidos do lado de fora do aeroporto de Cabul, capital do Afeganistão. Há relatos de feridos e o Talibã afirma que 13 pessoas morreram.

A explosão foi confirmada por um porta-voz do Pentágono, nos Estados Unidos. “Podemos confirmar uma explosão fora do aeroporto de Cabul. As vítimas não estão claras neste momento”, disse John Kirby. “Forneceremos detalhes adicionais quando pudermos”.

A explosão ocorreu horas após Estados Unidos, Reino Unido e Austrália alertarem para o risco de um atentado “iminente” no aeroporto e pediram a seus cidadãos que abandonassem imediatamente o local devido a uma ameaça terrorista.

“As informações obtidas ao longo da semana são cada vez mais sérias e fazem referência a uma ameaça iminente e grave”, declarou mais cedo o secretário de Estado britânico das Forças Armadas, James Heappey. “É uma ameaça muito séria, muito iminente”.

Aeroporto é centro de evacuação

No momento, o aeroporto internacional Hamid Karzai é a única opção para afegãos e estrangeiros que desejam sair do país. Países ocidentais realizam voos de retirada, que já resgataram quase 90 mil pessoas desde a tomada de poder pelo Talibã, em 15 de agosto. Até hoje pessoas se aglomeram nos arredores do aeroporto para tentar uma vaga em um voo.

O jornal The New York Times informou que ao menos 250 mil afegãos que trabalharam para os EUA ainda não foram retirados do país. No atual ritmo, não será possível retirar todos até o dia 31 deste mês.

A estimativa é baseada em relatórios que são publicados anualmente pelo Departamento de Defesa dos EUA, e analisados pela Associação dos Aliados em Tempo de Guerra (grupo que defende os afegãos que trabalharam para os EUA) e pesquisadores da American University.

Os EUA e as forças aliadas têm até terça-feira (31) para deixar o país, data que foi anunciada pelo presidente norte-americano, Joe Biden, no começo de julho.

Agora, aliados pressionam o governo norte-americano para adiar a data da saída definitiva do Afeganistão, para dar mais tempo para evacuação de estrangeiros e afegãos. Biden, no entanto, negou o pedido. O grupo Talibã também já havia afirmado que não aceitaria a alteração do prazo.

Presença do Estado Islâmico

Entre as razões para não prorrogar a saída, segundo Biden, está a ameaça terrorista do grupo Estado Islâmico, que realizou ataques violentos no Paquistão e Afeganistão nos últimos anos.

“A cada dia, as operações suscitam um risco suplementar para nossas tropas”, disse o presidente norte-americano, citando a probabilidade de um atentado do Estado Islâmico em Cabul. “O inimigo número 1 dos talibãs visa o aeroporto para atacar as forças americanas e aliadas, bem como civis inocentes”.

O Estado Islâmico e o Talibã, apesar de ambos serem sunistas radicais, são rivais. O primeiro criticou o acordo de paz do segundo com os EUA, acusando os rivais de abandonarem a causa jihadista.

Com informações Yahoo Notícias

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