Redação – O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, não assinou a declaração final do encontro de líderes do Mercosul que ocorreu nesta terça-feira (4) em Puerto Iguazu, na Argentina.
A reunião marcou a troca da presidência temporária do bloco, que passa a ser do Brasil. Estavam presentes os presidentes dos países do Mercosul:
- Lula, do Brasil;
- Alberto Fernández, da Argentina;
- Luis Lacalle Pou, do Uruguai;
- Mario Abdo, do Paraguai.
Durante sua fala, Lacalle Pou, do Uruguai, aproveitou a chance para criticar o regime da Venezuela. Recentemente, uma líder de oposição, Maria Corina Machado, foi proibida de participar das eleições do país que acontecerão em 2024.
O presidente uruguaio afirmou que os países do Mercosul deveriam dar um sinal claro de que reprovam a manobra do regime venezuelano.
“Penso que o Mercosul tem que dar um sinal claro de que o povo venezuelano pode caminhar em direção a uma democracia plena, o que hoje claramente falta”, afirmou Lacalle Pou.
A declaração final
Na declaração final não assinada pelo presidente do Uruguai, o texto menciona uma preocupação em relação ao acordo entre Mercosul e União Europeia, especialmente “pela evolução das iniciativas legislativas que podem desembocar em medidas restritivas ao comércio que afetem as exportações agrícolas do Mercosul e alterem unilateralmente o equilíbrio das condições” que foram estabelecidas para um eventual acordo em 2019.
Lacalle Pou disse o seguinte: “Desejo ao presidente Lula boa sorte, e sei que ele se empenhará nas negociações com a União Europeia. (Mas) já são 25 anos de negociações, o que não é lógico no mundo moderno. Sabemos o que temos a favor e contra, vamos superar os obstáculos para podermos concluir (o acordo)”.
O Uruguai defende que cada país negocie acordos comerciais, sem que isso ocorra com o bloco inteiro.