Redação – O apagão que atingiu Manaus e municípios do interior do Amazonas causou uma série de impactos, como a interrupção no abastecimento de água em várias áreas da capital, além do rompimento de uma tubulação de grande porte. Moradores do interior do Estado também enfretaram dificuldades em meio à queda no fornecimento de energia elétrica que afetou a região.
Em Manaus, após o registro da queda de energia elétrica, por volta de 23 horas dessa sexta-feira, 7, uma tubulação de grande porte rompeu na avenida Coronel Teixeira, bairro Ponta Negra, na Zona Leste da capital amazonense. De acordo com a concessionária Águas de Manaus, o vazamento da adutora foi causado pela oscilação de pressão provocada após a falha no fornecimento de energia devido ao desligamento da linha de transmissão de 500 kV Jurupari-Silves.
A empresa informou que servidores começaram a atuar no local ainda na madrugada de sábado, 8, após o Centro de Controle Operacional identificar o problema. As equipes devem concluir os reparos na tarde de hoje e o serviço de abastecimento deve ser normalizado em até 48 horas, em bairros das zonas Oeste, Norte e Centro-Oeste da cidade.
“Os trabalhos de reparo começaram na madrugada deste sábado, 8, e têm previsão de conclusão na tarde de hoje. Durante o serviço emergencial, bairros das zonas Norte, Oeste e Centro-Oeste, podem ter falta d’água. O abastecimento será restabelecido gradativamente, após a conclusão do serviço, com normalização prevista até o prazo de 48 horas“, diz trecho de um comunicado.
Moradora de um residencial em Manacapuru (AM), uma das cidades afetadas pelo apagão na madrugada deste sábado, 8, a dona de casa Elzilene Morais afirmou à CENARIUM, em tom de revolta, que a empresa deve ser responsabilizada pelo transtorno causado aos clientes. Com a mãe idosa e um filho que requer cuidados especiais, ela destacou as dificuldades enfrentadas após os apagões constantes que são registrados na cidade.
“A minha mãe tem 72 anos, está com problema de memória e não entende quando a energia cai e fica estressada com o calor. A mesma coisa é o meu filho, de 18 anos, que uma pessoa com deficiência e precisa de cuidados especiais como ambiente climatizado. O que essa empresa faz com nós, moradores de Manacapuru, beira o desrespeito, porque não é um caso isolado. Ela deve ser responsabilizada por isso“, disse a autônoma.
Já o prestador de serviço Mayck Sales afirmou à reportagem que sofre as consequências do apagão, que classificou como frequentes no município. Para ele, a queda no fornecimento de energia impacta na vida profissional, porque o horário de descanso é interrompido devido à falta de energia. O trabalhador também faz críticas à concessionária Amazonas Energia.
“Manacapuru é um dos municípios mais afetados pela falta de consideração da empresa nos últimos anos. Sofremos as consequências praticamente todas as semanas com a falta de luz, e a Amazonas Energia nunca resolve, de fato, esse problema. Eles falam que fazem reparos constantes na linha de transmissão, mas basta um vento mais forte para cair a energia“, disse.
De acordo com Sales, na tarde de sexta-feira, 7, a cidade já tinha registrado interrupção no fornecimento de energia. “Ontem nós já estávamos sendo impactados desde a tarde e no momento de descanso, a empresa veio e fez isso novamente. Isso é ruim, porque impacta também na nossa produtividade no trabalho. Eu particularmente não me sinto tão afetado, mas fico imaginando nas pessoas que tem filhos pequenos e idosos em casas“, destacou.
Em nota, a Amazonas Energia afirmou que a interrupção no fornecimento de energia elétrica no município localizado a 69 quilômetros de Manaus foi causado por causa do rompimento de um cabo de 69 kV que transmite garante energia para o município, localizado na Ponte Jornalista Phelippe Daou. A concessionária afirmou que o serviço foi normalizado às 16h48 da sexta-feira.
Reportagem: Revista Cenarium
