Vinte e oito municípios decretam emergência por cheia dos rios no AM

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Família em uma canoa sobre a água com o mapa do Amazonas (Foto de Ricardo Oliveira/Cenarium | Composição de Lucas Oliveira/Cenarium)

Redação – Subiu para 28 o número de municípios do Amazonas que decretaram situação de emergência em meio à subida dos rios Solimões, Amazonas, Purus, Madeira e Juruá. No período de um mês, as cidades atingidas pela cheia dos rios mais do que dobraram no Estado e a população afetada ultrapassa 260 mil. Os dados foram divulgados pela Defesa Civil do Amazonas nessa sexta-feira, 22, por meio de um boletim de monitoramento.

Dados foram extraídos da Defesa Civil do Amazonas (Reprodução)

O relatório “Operação Cheia 2025”, que traz dados atualizados a partir de sistemas de monitoramento, aponta que os rios Madeira e Alto Solimões concentram o maior número de municípios em situação de emergência, com seis cada. Na sequência, de acordo com a última atualização, aparecem cinco municípios localizados no Rio Juruá, seguido pelos rios Médio e Baixo Solimões, com quatro cada. Do médio Amazonas, duas cidades decretaram emergência e no Rio Purus, uma. Veja a lista completa:

Um dos municípios que entraram na lista de emergência é Anamã (AM), localizado a 165 quilômetros de Manaus. A cidade é uma das que ao longo dos anos tem sido a mais afetada com a cheia do Rio Solimões, chegando a ficar totalmente submersa em grandes cheias, como a que foi registrada em 2021. A última atualização do monitoramento hidrológico, neste sábado, 24, aponta que o município está a 1,60 metros de atingir a marca histórica.

Imagens mostram a subida do Rio Solimões na cidade amazonense (Reprodução/Redes Sociais)

Neste ano, outro município do Estado afetado pela subida dos rios no Amazonas foi Humaitá (AM), distante 332 quilômetros da capital amazonense. A cidade entrou em emergência em 19 de março deste ano, quando o prefeito Dedei Lobo (União) assinou um decreto com validade de 180 dias para que as autoridades auxiliassem na ajuda humanitária aos afetados. Atualmente, a cidade está no período de vazante, de acordo com o monitoramento.

Cheia do Rio Madeira atinge pico em Humaitá e governo auxilia afetados (Divulgação/Prefeitura)

De acordo com a Defesa Civil, o monitoramento do nível dos rios é feito ao longo do ano e, quando a cota de transbordamento é ultrapassada, o município inicia as primeiras ações de resposta, por meio da administração municipal. O órgão estadual explicou que, quando a situação ultrapassa a capacidade local, o Estado assume ações complementares, após a decretação e reconhecimento do estado de emergência.

Um relatório técnico do órgão, publicado em abril deste ano, aponta que “todas as calhas do Estado do Amazonas estão em processo de enchente, com variações locais”. O documento indiciou que a tendência é que os níveis continuem subindo gradualmente e dentro da normalidade. “Já na bacia do Negro, os níveis estão normais, com enchentes em curso”, diz um trecho.

Alerta e atenção

O monitoramento hidroclimatológico também aponta que 29 cidades amazonenses estão em alerta por causa do nível dos rios, são elas: Alvarães, Anori, Autazes, Barreirinha, Beruri, Boa Vista do Ramos, Caapiranga, Canutama, Coari, Codajás, Iranduba, Itacoatiara, Lábrea, Manacapuru.

A lista também integra os municípios de Manaquiri, Manaus, Maués, Nhamundá, Novo Airão, Parintins, Pauini, Rio Preto da Eva, São Sebastião do Uatumã, Silves, Tabatinga, Tapauá, Tefé, Uarini, Urucará. A Defesa Civil descreve que esses locais têm grau de risco considerado elevado e necessitam de monitoramento constante.

Fonte: Agência cenarium

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