
Redação – Laudo da autópsia aponta que turista brasileira Juliana Marins morreu 20 minutos após a queda, horas antes do resgate do corpo, que foi removido nessa quarta-feira, 25. Ainda de acordo o laudo, a causa da morte foi dada como traumatismo por força contundente resultando em danos a órgãos internos e hemorragia. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 27.
A possibilidade de hipotermia foi descartada pelos legistas. De acordo com os médicos, a natureza das lesões e a grande quantidade de sangramento encontrado não deixa dúvidas sobre a causa da morte de Juliana. O corpo da brasileira foi removido do local quatro dias depois da queda. Voluntários se mobilizaram e resgataram a vítima que estava em um local de difícil acesso.
“Encontramos arranhões e escoriações, bem como fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. Essas fraturas ósseas causaram danos a órgãos internos e sangramento. A vítima sofreu ferimentos devido à violência e fraturas em diversas partes do corpo. A principal causa de morte foram ferimentos na caixa torácica e nas costas“, disse o especialista forense Ida Bagus Alit à imprensa local.

O caso
A tragédia teve início na sexta-feira, 20, depois de Juliana cair durante a trilha que fazia para chegar até o cume do vulcão, na ilha de Lombok. Segundo a família, ela teria relatado que estava cansada durante o trajeto —que levaria três dias—, e o guia teria dito para ela descansar enquanto o grupo seguiu caminhando. Sozinha, a brasileira teria caído em um local íngreme, de difícil acesso.
Apenas na segunda-feira, 23, Juliana foi localizada com ajuda de um drone térmico. Ela estava presa em um penhasco rochoso e visualmente imóvel, de acordo com a direção do parque onde fica a trilha. O local era de difícil acesso tanto para alpinistas quanto por helicóptero, e as buscas tiveram de ser paralisadas diversas vezes por conta do tempo ruim.

Apenas na terça-feira, 24, um socorrista conseguiu chegar até ela, mas a brasileira já havia morrido. Após a informação, a família se manifestou por meio do Instagram, anunciando a morte da brasileira. Em um comunicado, a família acusou a equipe de resgate de negligência.
“Juliana sofreu uma grande negligência por parte da equipe de resgate. Se a equipe tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado de 7 horas, Juliana ainda estaria viva. Juliana merecia muito mais! Agora, nós vamos atrás de justiça por ela, porque é o que ela merece! Não desistam de Juliana!”,

Juliana Marins era publicitária, de 26 anos, natural de Niterói, no Rio de Janeiro, e estava fazendo um “mochilão” pela Ásia desde o final de fevereiro deste ano.
Com informações da Agência Cenarium