
Redação – Uma operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) desmontou uma área de garimpo ilegal próxima ao Parque Nacional dos Campos Amazônicos, no município de Manicoré, no sul do Amazonas. Ninguém foi preso.
A ação ocorreu no dia 30 de junho. A invasão foi identificada por meio de análises de geoprocessamento em meio a uma área florestal extremamente preservada, sendo circundada por um raio de 40 quilômetros de floresta densa.
As investigações constataram que a abertura da nova frente de garimpo havia sido feita nos 15 dias anteriores.
A operação resultou na apreensão e na destruição de:
- 2 escavadeiras hidráulicas
- 1 camionete;
- 2 motores estacionários;
- 145 gramas de mercúrio metálico;
- 1 espingarda calibre 22 e munições;
- 1 antena starlink.
Além desses itens, foram interceptados um ponto de apoio com acampamento e cozinha improvisada.
A ação interrompe o processo de degradação e exploração econômica dos recursos naturais logo em seu início, impedindo a lucratividade do crime ambiental e afastando os invasores do Parque Nacional.Ações contra garimpos no Amazonas
Nos primeiros seis meses de 2025, forças de segurança realizaram uma série de ações para desarticular o garimpo ilegal no Amazonas.
Em fevereiro, a Polícia Federal encontrou quatro pequenos garimpos subterrâneos que dão acesso a um garimpo principal, no município de Maués. Um deles tinha 70 m de profundidade.
Embaixo, os agentes da PF descobriram diversas galerias que formam corredores debaixo da terra. Cada um deles termina em um ponto onde há ouro para ser explorado. 50 homens foram encontrados trabalhando em condições análogas à escravidão.
Entre abril e maio, outra operação destruiu 21 dragas usadas no garimpo ilegal que estavam no Vale do Javari, interior do Amazonas. A PF diz que os garimpeiros estavam se aproximando de comunidades indígenas isoladas.
No mês passado, foi desarticulado um garimpo ilegal que estava sendo praticado em diferentes pontos da Terra Indígena Yanomami, localizada no interior de Unidade de Conservação proteção integral do Parque Nacional do Pico da Neblina, no Amazonas.
Na ação, em uma das regiões mais remotas do país, ao todo foram lavrados 10 autos de infração com aplicação de multas que somam R$ 97.200,00.
Com informações do g1 Amazonas