Redação – Dois primos confessaram ter matado o motorista de aplicativo Kaison Oliveira da Silva, de 26 anos, durante um assalto em Manaus, para conseguir dinheiro e comprar drogas, segundo a Polícia Civil. O crime ocorreu na segunda-feira (20), no bairro Novo Aleixo, Zona Norte da capital.
As prisões ocorreram menos de 24 horas depois do crime. Bruno Rafael Barroso Fontes, de 19 anos, foi preso preventivamente, e o primo dele, um adolescente de 17 anos, foi apreendido. A ação foi coordenada pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
Bruno Rafael foi agredido por familiares da vítima ao deixar a sede da DEHS. Enquanto era conduzido à viatura pelos policiais, ele sofreu socos, chutes e puxões de cabelo por cerca de 40 segundos. Revoltados, os familiares também o questionavam sobre o motivo do crime.
“Foi um crime de grande comoção social, pois a vítima estava em seu momento de trabalho e foi vítima de uma emboscada. A DEHS atuou de forma imediata e nossa prioridade é responsabilizar os envolvidos”, disse o delegado Ricardo Cunha.
Segundo o delegado Adanor Porto, o caso começou a ser investigado ainda na segunda-feira, quando a equipe foi acionada para uma ocorrência inicialmente tratada como morte por espancamento. Ao chegar ao local, os policiais identificaram indícios de homicídio e latrocínio.
“As investigações avançaram e conseguimos identificar o envolvimento de Bruno Rafael e do primo dele. Representamos pela prisão preventiva e pela internação provisória, e após os mandados serem expedidos, iniciamos as diligências em diversos locais até localizá-los”, explicou Porto.
Durante o depoimento, os dois confessaram o crime e disseram que o ato foi premeditado. Eles contaram que estavam consumindo drogas e bebidas alcoólicas quando decidiram cometer um roubo para conseguir mais dinheiro.
“Eles pegaram o celular da mãe do adolescente e pediram uma corrida por aplicativo. As duas primeiras corridas foram negadas, e a terceira, aceita por Kaison. O destino era uma rua escura e sem saída, que eles já conheciam”, contou o delegado.
No local, os primos saíram do carro e pediram o celular da vítima sob o pretexto de ligar para a mãe do adolescente. Quando Kaison entregou o aparelho, foi atingido por uma facada no peito e morreu no local. Em seguida, os suspeitos fugiram levando o celular.
“Eles venderam o aparelho por R$ 100 em um ponto de táxi próximo do crime e usaram o dinheiro para comprar mais drogas e bebida. Por esse motivo banal, a vida de um trabalhador foi ceifada de forma covarde”, afirmou Adanor Porto.
Bruno Rafael vai responder por latrocínio e corrupção de menores, e o adolescente, por ato infracional análogo ao mesmo crime.
Fonte: G1 Globo
