Flávio Bolsonaro aparece 15 pontos atrás de Lula nas intenções de voto para 2026

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Foto: Pedro França/Agência Senado

Redação – MANAUS (AM) – Anunciado como candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser o rival do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2026, o senador Flávio Bolsonaro ficaria 15 pontos atrás do petista se um eventual segundo turno fosse hoje. Outros nomes da direita, como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Jr. (PSD-PR), marcam cinco e seis pontos de desvantagem, respectivamente.

O instituto ouviu 2.002 eleitores entre os dia 2 a 4 deste mês, antes do anúncio feito por Flávio, nessa sexta-feira, 5. O levantamento foi feito em 113 municípios com maiores de 16 anos. A margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou menos.

Começando pelo segundo turno, dado que a pulverização e a rejeição dos principais nomes na praça indicam que a fatura não deverá ser encerrada na primeira rodada, o que se vê é uma ampliação marginal do domínio de Lula ante o levantamento anterior, do fim de julho.

Foto: Ricardo Stuckert

No cenário contra Flávio, Lula marca 51% ante 36%; antes, ganhava de 48% a 37%. Irmão do senador, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) passou de 37% para 35%, enquanto no embate Lula foi de 49% para 52%, dentro da margem de erro.

Já a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL-DF), que bateu de frente com os filhos do marido, perde de 50% a 39% nesta aferição de cenário. Os governadores da direita no páreo saem melhor. Tarcísio perde na simulação para Lula por 47% a 42%; em julho, o placar era 45% a 41%.

Já Ratinho Jr. mantém a competitividade já vista quando perdia por 45% a 40%, marcando agora 41% contra 47% do atual mandatário.

Foto: Jonathan Campos/AEN

A pesquisa também apontou um cenário com Bolsonaro na disputa, caso pudesse concorrer as eleições presidências. A vantagem do ex-presidente caiu no período, que coincidiu com a condenação e prisão. Perdia por 47% a 43%, e agora por 49% a 40%. Mas as chances de ele disputar a eleição são, no horizonte visível, nulas.

Já no mais pulverizado primeiro turno, Lula manteve sua vantagem, usual para quem busca a reeleição. O Datafolha testou cinco cenários, um deles com Jair Bolsonaro. Nos quatro que são factíveis hoje, Flávio e o irmão, Eduardo, têm o pior desempenho no embate familiar contra Lula.

O presidente marca 41% das preferências, ante 18% do senador, 12% de Ratinho Jr., 7% do governador Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e 6% do chefe do Executivo de Minas, Romeu Zema (Novo). Na simulação em que Flávio dá lugar a Eduardo, que está nos Estados Unidos em ora minguante campanha contra as instituições brasileiras no que chama de perseguição ao pai, o resultado é idêntico.

Foto: Edilson Rodrigues/Agencia Senado

Já quando Michele entra em campo, há uma melhora para a família: Lula segue com 41%, ante 24% de Michelle, 10% de Ratinho Jr., 6% de Caiado e 5% de Zema.

Na configuração com Tarcísio candidato, Lula novamente tem 41%, enquanto o governador chega a 23%. Ratinho Jr. tem 11%, Caiado, 6%, e Zema, 3%. Por óbvio esses cenários pressupõem uma desunião total da direita contra o nome óbvio do Planalto, sendo assim factível assumir que desistências possam ser incorporadas a candidaturas mais viáveis.

Rejeição
A ex-primeira dama também fica explicitada na rejeição aferida dos candidatos, o segundo item mais importante na composição do índice de viabilidade de um projeto eleitoral.

O patriarca do clã pontifica com 45% de eleitores que dizem que nunca votariam nele, empatado com Lula, 44%, considerando a margem de erro. Sem nunca ter disputado uma eleição nacional, contudo, já registram taxas altíssimas de rejeição o senador Flávio, com 38%, o deputado Eduardo, com 37%, e Michelle, com 35%.

Foto: Isac Nóbrega/PR

Bem mais abaixo vêm os governadores da direita, em sua maioria com avaliações de razoáveis a boas em seus estados, mas desconhecidos no nível federal. Zema e Ratinho Jr. têm 21% de rejeição, Tarcísio registra 20% e Caiado, 18%.

Isso tudo coloca em perspectiva a escolha de Bolsonaro, vista como uma forma de buscar manter seu sobrenome relevante como o mais fote da direita, algo duvidoso dia após dia.

Ainda há muito a ser jogado, mas por ora o cenário favorece Lula, embora sua alta rejeição e reprovação de 38%, ante 32% de uma aprovação estagnada nesta rodada do Datafolha, sejam motivos mais do que suficientes para acender alertas no Planalto para o tira-teima de 25 de outubro de 2026.

Fonte: AGÊNCIA CENARIUM

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