Laudo do CPRM recomenda fechamento da Praia da Ponta Negra

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Vazante na Praia da Ponta Negra, em Manaus. — Foto: Divulgação/Núcleo de Comunicação SGB

Manaus/AM – A praia da Ponta Negra, em Manaus, deve ser fechada temporariamente, de acordo com um laudo técnico do Serviço Geológico do Brasil (SGB), responsável pelos levantamentos hidrológicos no Amazonas. Segundo o documento, o aumento brusco de profundidade coloca em risco a vida de banhistas

Na sexta-feira (29), o prefeito David Almeida afirmou que aguardava o laudo do CPRM e do Corpo de Bombeiros para decidir sobre o fechamento da praia. Com a recomendação, o g1 procurou a Prefeitura de Manaus para saber quando acontecerá a interdição e aguarda retorno.

De acordo com o CPRM, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) – assinado por diversas instituições em 2013, incluindo a Prefeitura de Manaus – estabelece normas de uso para a praia da Ponta Negra. Entre as medidas, ficou definida a cota de segurança mínima aos banhistas em 16 metros.

Abaixo desse nível, o acesso à praia deveria, a partir de então, ser interditado como medida de segurança. Na última medição do Porto de Manaus, na sexta-feira, o Rio Negro estava em 15,88 metros.

Com acesso gratuito, a Ponta Negra de Manaus é o principal balneário da cidade. A praia pública atrai dezenas de pessoas ao local todos os dias, principalmente, no fim de semana.

O laudo

O documento aponta que a obra de aterro realizada em 2018 para aumentar a extensão da praia artificial gerou uma superfície irregular.

Com isso, houve um aumento de profundidade em toda a extensão, contribuindo para a elevação do risco para os usuários da praia durante a vazante. Assim, além do fechamento, o SGB recomenda a realização de um estudo geotécnico para avaliar a estabilidade do aterro.

No laudo, o SGB também mostra que, considerando a cota atual do rio Negro – de 15,88 metros, a distância entre a margem e a faixa de segurança para os banhistas é muito restrita.

De acordo com o pesquisador em geociências do SGB e responsável técnico do laudo, André Martinelli, o fenômeno climático El Ninõ prolonga a intensidade da seca e, além disso, há consequência advinda do Atlântico norte aquecido.

“O nível do rio Negro em Manaus teve uma descida de nível muito acelerada, com redução de mais de 7 metros de coluna d’agua em apenas 20 dias. Quanto mais baixa a cota do rio, menor a distância dos usuários das depressões abruptas”, alertou o responsável pelo laudo.

Manaus em situação de emergência

Na quinta-feira (28), quando Manaus atingiu a cota de 16,11 metros, o prefeito David Almeida decretou situação de emergência.

Segundo a prefeitura, a vazante do Rio Negro vem causando prejuízos nas zonas rural e ribeirinha da cidade e o decreto contribui para minimizar os danos.

A prefeitura apontou que a estiagem afeta comunidades ribeirinhas, que sofrem com falta de alimentos e de água potável.

Com informações do g1 Amazonas

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