Reposição de aula pós greve

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Seduc informou que o cronograma de reposição de aulas começa a ser discutido para que não haja prejuízo. Finalistas do ensino médio estão preocupados com reposição por participarem de vestibulares este ano

Estudar uma hora a mais por dia ou aos sábados, pontos facultativos, feriados e até no recesso do meio do ano, são as principais opções para os estudantes da rede estadual de ensino do Amazonas repor o conteúdo das aulas que foram suspensas devido à greve dos professores. O movimento durou duas semanas e encerrou na última sexta-feira (6), após a categoria conseguir 27,02% de reajuste salarial.

Nessa segunda-feira (9), todas as escolas retornaram à normalidade, de acordo com a Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc). Mas os estudantes, especialmente os finalistas do ensino médio, estão apreensivos com a reposição dos conteúdos e, consequentemente, com o desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Processo Seletivo Contínuo (PSC), Sistema de Ingresso Seriado (SIS) e demais vestibulares.

O estudante Rafael Costa, 17, disse que se sensibilizou com a reivindicação dos professores, contudo não achou justo ter ficado esse período sem aula. “Quem depende da escola e não faz cursinho, fica preocupado. Ainda mais como eu, que quero conseguir uma vaga na universidade pública. Agora vamos perder sábados, feriados e férias por causa do prejuízo”, afirmou o jovem que pretende cursar Arquitetura.

Para o estudante Alex Eike, 16, que também é finalista do ensino médio, os professores lutaram por seus direitos. Mas ele também concorda que a preocupação dos alunos é grande por conta dos vestibulares que estão por vir. Mas acredita que tudo vai dar certo repondo as aulas nos sábados, feriados ou nas férias. “Temos que correr atrás do prejuízo e eu pretendo passar no vestibular. Quero fazer Enfermagem”, afirmou.

Reposição diferenciada

A diretora do Instituto de Educação do Amazonas (IEA), no Centro, Carla Cláudia, explicou que, como cada escola parou as atividades em períodos diferenciados da greve, a reposição das aulas será conforme a demanda de cada instituição. “Eu ainda vou reunir com o grupo de professores e depois levar as informações aos pais em assembleia. Como a gestão é democrática, vamos decidir juntos como vamos fazer isso”, disse.

A Seduc informou que o cronograma de reposição de aulas começa a ser discutido com os professores e direção escolar para que não haja prejuízo. De acordo com a pasta, todos os 200 dias letivos devem ser cumpridos.

Reivindicação

A greve dos professores foi deflagrada no último dia 16, sob a direção do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom/Sindical). Uma semana depois, o movimento grevista recebeu reforço do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam). Ambas as entidades reivindicavam 35% de reajuste salarial referente às datas-bases de 2015, 2016, 2017 e 2018.

Entidades oficializam fim da greve

A Asprom/Sindical encerrou a greve no último dia 7. O coordenador financeiro da entidade, Lambert Melo, disse que a orientação agora é que cada professor converse com o gestor de sua escola para viabilizar a reposição das aulas. “Isso será feito de acordo com a realidade de cada instituição”, afirmou.

O Sinteam, por sua vez, deve realizar, na tarde desta terça-feira (10), uma assembleia para oficializar o término da paralisação, mas os professores voltaram às salas ontem. Ainda na reunião de hoje, a entidade vai lançar a campanha salarial da Secretaria Municipal de Educação (Semed) 2018, cuja data-base é dia 1º de maio.

Foto e Fonte: A Crítica

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