O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) alerta para a importância de usar apenas materiais artificiais para a confecção de indumentárias a serem usadas no Festival Folclórico de Parintins, que será realizado nos dias 28, 29 e 30 deste mês, no município parintinense (a 369 quilômetros a leste de Manaus). Desde o início da campanha, conforme o Ibama, foram identificados que 6,8 mil animais silvestres já tinham sido mortos para atender ao festival.
Com a campanha, ‘Não tire as penas da vida’, o instituto busca conscientizar sobre a matança de animais silvestres nas regiões do baixo Amazonas, onde eram retirados os subprodutos da fauna silvestre, mais especificamente, penas de araras, gaviões e garças, para a confecção dos acessórios para o festival.
Iniciada em 2002, a campanha foi criada após o Ibama receber denúncias e passar a fiscalizar e multar comerciantes de Manaus e da região de Parintins. A partir da identificação de 6,8 mil animais mortos para retirada de penas, para atender ao festival, a fiscalização foi intensificada, reduzindo drasticamente o impacto na fauna silvestre.
Na nova fase da campanha, o Ibama pretende atingir moradores de municípios vizinhos a Parintins. “Comerciantes de outras cidades vão, a Parintins, vender artesanatos, muitas vezes, feitos com penas de animais silvestres”, afirmou Anete Barroso Amâncio, responsável pela fiscalização do Ibama e também está a frente da campanha educativa.
Promover a matança de animais silvestres é crime ambiental previsto no artigo 29 da lei 9.605/98, Lei de Crimes Ambientais, que dispõe sobre as condutas lesivas ao meio ambiente. Conforme a legislação, é preciso ter autorização para matar, perseguir, caçar a fauna silvestre. A pena é detenção de 6 meses a 1 ano, além de multa que pode variar de R$ 500 a R$ 5 mil.
Com informações da assessoria