O paratleta amazonense de natação, Jean Cláudio Dias, de 43 anos, conquistou no último sábado (13), em São Paulo, o 4º lugar nos 400 metros livres ao participar do Circuito Brasil Loterias Caixa de Atletismo, Natação e Halterofilismo, evento paraolímpico nacional considerado um dos mais importantes da categoria.

“Jean é um grande exemplo de superação e está de parabéns pela conquista. O Amazonas tem inúmeros talentos e fomentar o desenvolvimento e a inclusão por meio do esporte é algo que iremos sempre estimular”, garantiu o secretário de Estado de Juventude, Esportes e Lazer (Sejel), Caio André de Oliveira.

Jean, que nasceu com paralisia cerebral, iniciou a carreira na natação quando ainda era criança. Após perceber uma melhora em sua respiração e no aspecto físico como um todo, o nadador passou a se dedicar ao esporte e hoje representa o estado e o país em competições nacionais e mundiais, conquistando títulos e medalhas.

Feliz pelo apoio recebido pela Sejel e por outras instituições, Jean aproveitou para agradecer.

“Treino de forma intensa para poder dar o meu melhor nas disputas. A motivação e apoio que recebo são muito importantes para o meu progresso e vejo em tudo isso uma oportunidade de ir cada vez mais longe. Sou grato à Sejel e a todas as instituições que me ajudam, pois é muito difícil chegar até São Paulo que é sede do comitê paraolímpico, para competir, mas com muita luta conquistei o quarto lugar”, ressaltou.

O circuito, que é uma preparação para os Jogos Paralímpicos de Tóquio em 2020, serve ainda como treinamento para os Jogos Pan-Americanos deste ano, que serão realizados em agosto, em Lima, no Peru.

Continuidade – Para Jean o momento mais emocionante de sua carreira foi em 1997, quando conquistou o ouro nas disputas do Campeonato Brasileiro de Natação.

“No momento em que escutei as pessoas gritando o meu nome ao subir no pódio, comecei a chorar. Para mim foi um marco inexplicável na minha carreira”, destacou Jean, que afirmou já ter realizado alguns sonhos e continuará em busca de mais conquistas. “Participei de dois mundiais na Argentina e na Inglaterra e foi emocionante. Acredito que o esporte é capaz de transformar vidas e eu sou um exemplo disso. Vou continuar me esforçando para representar cada vez melhor o Amazonas e o Brasil, e ser uma referência para todos os paratletas que sonham competir mundialmente”, finalizou.