Após arrecadar R$1 milhão para tratar doença rara de filho, pai foge com a grana

You are currently viewing Após arrecadar R$1 milhão para tratar doença rara de filho, pai foge com a grana

Um homem de 37 anos, natural de Minas Gerais, foi preso na última segunda-feira (22) em Salvador -Bahia, suspeito de estelionato. Mateus Alves teria fugido para a cidade com cerca de R$ 1 milhão arrecadado por meio de contribuições online para compra de um medicamento para o filho dele. O garotinho, de 1 ano e 7 meses, é portador de uma doença rara e pode morrer caso não seja medicado.

De acordo com as primeiras informações da Polícia Civil, a corporação recebeu nos últimos dias, em Conselheiro Lafaiete, na região Central de Minas, uma denúncia de que o homem estaria em Salvador gastando o dinheiro. A quantia deveria ser usada para tratamento do filho dele, que é portador de Atrofia Muscular Espinhal (AME).

A AME é uma doença genética que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores. Sem ela, os neurônios morrem e os pacientes vão perdendo o controle e força musculares, ficando incapacitados de se moverem, engolirem ou mesmo respirarem, podendo, inclusive, morrer. A doença é degenerativa e não possui cura.

Em abril deste ano, o Ministério Saúde começou a ofertar no SUS o medicamento Nusinersen (Spinraza) para pessoas que vivem com AME, tipo I, o mais presente no país. O insumo é o único no mundo recomendado para o tratamento de AME.

O tratamento consiste na administração de seis frascos com 5 ml no primeiro ano e, a partir do segundo ano, passam a ser três frascos. A medida teve como base diversos estudos que apontam a eficácia do medicamento na interrupção da evolução da AME para quadros mais graves e que são prevalentes na maioria dos pacientes. Cada dose do medicamento pode custar mais de R$ 300 mil.

Agora, Mateus será trazido de volta para Minas, onde deve desembarcar ainda nesta segunda. Outros detalhes a respeito do caso serão repassados pela Polícia Civil em uma entrevista coletiva.

Fonte: Ministério da Saúde

Deixe uma resposta