Adaf certifica primeiro abatedor de jacarés no Amazonas

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Manaus – A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) certificou, no último domingo (1º), no município de Uarini, o primeiro estabelecimento de abate e entreposto de pescado para a comercialização de jacarés com Serviço de Inspeção Estadual (SIE).

A Empresa Plantar está localizada no Paraná do Jarauá, a uma distância de 30 metros da Comunidade São Raimundo do Jarauá, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, uma Unidade de Conservação (UC), zona rural do município de Uarini. O estabelecimento tem a autorização do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e conta com o apoio do Governo do Amazonas, por meio do Sistema Sepror.

Regulamentação

Atualmente, o manejo comercial de jacarés no Amazonas está regulamentado pela resolução nº 08 do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Cemaam), de 27 de junho de 2011, que estabelece procedimentos técnicos para o manejo de jacaré oriundos de Unidades de Conservação de Uso Sustentável do Estado do Amazonas (UCs), e pela Instrução Normativa (IN) nº 001/2011 Sepror, de 29 de junho de 2011, que estabelece normas para o abate e processamento de carne de jacarés oriundas de programas de manejo extrativista em UCs, no Estado.

“Eu venho trabalhando com manejo de jacaré há uns 15 anos. E o nosso sonho era criar uma estrutura que seguisse os protocolos e as necessidades sanitárias para poder garantir um produto de qualidade oriundos de manejo de animais silvestres. O mais relevante dessa planta é que nós estamos em um trabalho de equipe e estamos blindando uma estrutura, que vai favorecer essa nova cadeia produtiva e as nossas comunidades beneficiárias”, comentou o pesquisador do Instituto Mamirauá, Robinson Botero.

Abatedouro

O estabelecimento terá a capacidade de produzir mais de 200 quilos de carne de jacaré, equivalendo aproximadamente ao abate de 30 jacarés por dia. Serão comercializadas carcaças inteiras frescas e cortes, sobrecoxas e coxas, caldas, costelas e dorsos. Além disso, a pele será comercializada para industrialização.

A estimativa é que sejam empregados aproximadamente 54 funcionários, que atuarão na produção e administração técnica das atividades de captura e no processamento de crocodilianos. As espécies que serão abatidas serão os jacaré-açu (Melanosuchus niger) e jacaretinga (Caiman crocodilos). Os produtos serão comercializados em frigoríficos, supermercados, restaurantes, hotéis-pousadas e feiras devidamente regulamentadas.

 

Texto: Assessoria Secom/Am 

 

 

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